Os assassinos do cartão postal

Título: Os assassinos do cartão postal

Autores: James Patterson e Liza Marklund

Editora: Arqueiro

Páginas: 304

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: Uma viagem para conhecer as mais belas cidades da Europa é o sonho de qualquer pessoa. Porém, o detetive da NYPD Jacob Kanon não está interessado nos pontos turísticos. Após receber a notícia do brutal assassinato de sua filha e namorado, mortos em Roma, Kanon viaja para o Velho Continente para tentar juntar pistas sobre o crime que mudou sua vida. E a onda de assassinatos está só começando: jovens casais são encontrados mortos em Paris, Copenhague, Berlim e Estolcomo.Os crimes parecem não estar conectados, com exceção de um cartão-postal enviado para o jornal local da cidade de cada nova vítima. Quando a repórter sueca Dessie Larsson recebe um postal, Kanon junta forças com a jornalista e partem para o novo destino para tentar capturar o serial killer.

Resenha

Este livro chama minha atenção desde em que o encontrei no catálogo da editora, em lançamento, e como vi que muita gente adorou a história criada pelos autores, fiquei ainda mais curiosa e acabei comprando-o. Ainda não tinha lido livros do James no gênero policial, então não sabia o que esperar dos assassinos e detetives. Fui surpreendida mais de uma vez, e depois dessa, com certeza lerei os outros livros do autor sem pensar duas vezes.

Os Assassinos do Cartão Postal são famosos na Europa. Um casal amigável que degola pessoas em lua-de-mel e roubam seus pertences, deixando-as em posições esquisitas. Eles já passaram por Madri, Paris, Amsterdã e tantos outros lugares, e em cada um deles, assassinaram um casal. Casais jovens em viagens de lua-de-mel.

O corte, rápido e preciso, atravessou músculos e ligamentos. No fim, só restou o leve chiado que indicava que a traqueia havia sido cortada. – página 14

Jacob é um detetive americano que segue os rastros dos assassinos há seis meses, viajando pela Europa e tentando encontra-los, os assassinos de sua filha única e o marido dela, o casal morto em Roma. As investigações são sérias, mas dificilmente são deixadas pistas pelos tais assassinos, que se divertem fazendo o que fazem e brincam de esconde-esconde com a polícia, fazendo-os de bobos. 

Eles sempre enviam cartões postais para jornalistas locais, dando dicas de onde encontrar os corpos, e a azarada da vez é Dessie Larsson. Ela vive em Estocolmo, onde tenta terminar seu doutorado e viver uma vida tranquila. No início não queria entrar na bagunça que era a investigação, com pessoas interessadas em suas próprias famas e um detetive americano bêbado que não tomava banho há dias, mas aos poucos, foi ficando cada vez mais interessada no caso, até que decidiu que iria fazer parte dele, e colocar o casal assassino atrás das grades. Ela e Jacob são uma dupla e tanto, pensam bem juntos e conseguem descobrir coisas que tantos outros detetives não chegaram nem perto de descobrir. São personagens incríveis, bem trabalhados e que surpreendem cada vez mais, Jacob por ser sensível debaixo da casca dura e barba, e Dessie pelo seu raciocínio rápido.

Por que os assassinos enviavam para a mídia primeiro cartões-postais e depois fotografias macabras e carnificina? Eles queriam chocar? Queriam fama e aplausos? – página 20

O que mais me impressionou nesse livro foram os vilões, o casal de assassinos à sangue frio que embebedavam e drogavam as vítimas antes de cortarem suas gargantas. Marc e Sylvia introduzem o livro, e por mais que nós saibamos o tempo todo quem é que está matando os jovens casais, o autor ainda nos faz duvidar se são mesmo eles. Um casal estranho e macabro que dá arrepios e ao mesmo tempo, vontade de aplaudir. Eles são inteligentes, muito inteligentes. Usam métodos nos quais os detetives de todos os países envolvidos não conseguiram pensar, fazem coisas macabras pensando que são belas e, acima de tudo, conseguem apagar os rastros que não devem ser vistos, e aparecem para as câmeras e para a mídia.

James Patterson é um gênio do suspense, fiquei vidrada enquanto lia o livro, e realmente, as páginas viram sozinhas. Com capítulos curtos narrados em terceira pessoa, intercalando entre Marc/Sylvia, Jacob e Dessie, o autor faz com que o livro pareça um filme com muita ação e sangue, daqueles que te fazem pensar mesmo depois que já acabou, imaginando se alguém já fez ou passou pelo o que acontece na história. É incrível a forma com que os autores unem os pontos para um desfecho avassalador, e eu estou mais do que animada para ler outros suspenses policiais de James Patterson.