Espada de vidro

Oiee pessoas ^^

Demos uma sumidinha, mas prometo que logo tudo voltará ao normal. Andei um pouco ausente por causa da faculdade, e também porque estava relendo A rainha vermelha e, a seguir, Espada de vidro. Logo, logo o quarto livro será lançado, então a gente dá aquela corridinha, né? haha'

Título: Espada de vidro

Autora: Victoria Aveyard

Editora: Seguinte

Páginas: 496

Edição: 1

Lançamento: 2016

Série: A rainha vermelha #2

Sinopse: Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar.
O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar. Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.

Resenha - contém spoilers de A rainha vermelha

Talvez estejamos correndo em direção a uma armadilha. – página 8

Após ser traída por Maven e conseguir fugir com a ajuda da Guarda Escarlate, Mare torna-se uma fugitiva da corte, assim como Cal, o príncipe caído. Tendo em mãos a lista de Julian, aquela onde constavam os nomes de todos os “sanguenovos” como ela e Shade, seu irmão mais velho, Mare parte numa busca por todas aquelas pessoas, visando construir um exército poderoso capaz de derrubar Maven e os outros prateados, e libertar os vermelhos. Mas como fazê-lo, quando ela parece se tornar a pessoa que quer derrubar?

A rainha vermelha foi um dos melhores livros que eu já li, mas quando Espada de vidro foi lançado, eu enrolei MUITO e só fui lê-lo este ano (2018), depois de ter relido o primeiro. Pela segunda vez, me senti traída quando Maven revelou quem realmente era, e fiquei muito tensa quando Mare e Cal tiveram que fugir com a Guarda, sem saber para onde iriam e o que deveriam fazer a seguir. Estava doida para ver como ela lidaria com seus novos poderes, tendo que usá-los para se defender e também para atacar. Mas Mare me lembrou muito de Adelina Amouteru, da trilogia Jovens de Elite, e já vou contar o por quê.

Mas, por mais que eu tente, não consigo esquecer a sombra que pensei que ele fosse, o príncipe perdido e esquecido. Queria que aquela pessoa fosse real. Queria que ele existisse em algum lugar além das minhas lembranças. – página 14

O foco deste livro é a busca pelos sanguenovos, ou seja, aqueles que, como Mare e Shade, nasceram vermelhos e possuíam os poderes dos prateados. Então é basicamente sobre o novo grupo (liderado por Mare) atravessando cidades e mais cidades em busca de novas “armas”, como ela os chama, e fugindo de Maven, que sempre consegue deixar um recadinho aqui ou ali, revelando sua maldade. Se eu gostava da Mare no primeiro livro, agora eu quase a odeio. Não por ela parecer estar se tornando uma vilã (já gostei de vilões antes), mas porque ela me irritou muito!

Como a narração é feita por ela (adorei isso no primeiro livro, mas aqui, não), encontramos um parágrafo de ação e dois de Mare falando sobre como ELA é poderosa, mais importante que todos os outros, incrível, forte, a rainha vermelha, a garota elétrica, aquela que todos temem, a líder e por aí vai. Sem contar que encontramos alguns flash-backs bem desnecessários que podiam ter sido enxugados, além da repetição sobre o que ela sentia.

Mare também consegue ser bem confusa, o que me fez querer revirar os olhos muitas vezes. Ela adora dizer que vai matar Maven e os prateados, adora dizer que está lutando pelos vermelhos e pelos sanguenovos, e que ela é a líder, ela é a poderosa, ela não tem misericórdia. Mas aí fala sobre como tudo é uma máscara, sobre como é solitária e etc, só para voltar a matar e usar seus poderes para intimidar os outros (que eu não sei como ainda não se livraram dela) outra vez. Peguei muito ranço, mas ver que alguns personagens enxergaram essas coisas me deixou aliviada. Ufa, estava tudo nos planos da autora! Agora já posso falar bem da história.

Sou uma arma feita de carne, uma espada coberta de pele. Nasci para matar um rei, para acabar com um reino de terror antes mesmo de começar pra valer. Fogo e eletricidade  elevaram Maven, e fogo e eletricidade vão derrubá-lo. – página 274

Espada de vidro foi um pouco mais fraco que seu antecessor, mas conseguiu manter um ritmo bom e inserir personagens e cenas marcantes, em especial, o final. Foi outro momento em que senti raiva de Mare, mas já imagino o que vai, com certeza, acontecer no terceiro livro, e vai ser épico! Nunca fui muito fã do Cal, mas aqui ele consegue mostrar seu valor e demonstrar também toda a tristeza que sente em relação a tudo o que aconteceu (queria muito que ele ajudasse a contar a história), e vemos também quão perdido ele se encontra, afinal, se não ajudar a Guarda Escarlate, como se vingará de Maven e tomará o trono que deveria ser seu?

Temos também uma grande participação de Fearley e Shade, o que me agradou bastante, já que ela é simplesmente incrível e Shade é o único irmão da Mare que serve para alguma coisa...hehe’ tirando que ele parece cego ao segui-la em todas as decisões, parecendo não ver quem ela está se tornando. E Maven, bom, eu preciso falar?

Achei que as cenas de ação aconteceram um pouco rápido demais, mas considerando que o livro é grande e possui muitas cenas em que o nosso coração quase sai pela boca, relevei um pouco. Só torço para que a continuação seja melhor nesse quesito, e também na questão da superioridade de Mare, que estava me dando nos nervos. Ok, ela é poderosa, mas e daí? Todos os sanguenovos são, e ser a “garota elétrica” não faz dela a chefona fodona, só a deixa um pouco, desculpem por isso, patética. Podem ver que peguei um belo de um ranço mesmo, hein?

Espero mais uma discussão, mas ninguém ousa me confrontar. Não é muito inteligente incomodar uma garota elétrica quando se está voando dentro de um tubo de metal. – página 340

Estou ansiosa demaaais para ler o terceiro livro, e mais ainda pelo quarto que será lançado ainda este ano pela Seguinte; a capa já foi até revelada! O terceiro livro promete ser ainda mais incrível que os outros dois, e eu tô doida para ver as lutas que acontecerão a seguir. Que venha A prisão do rei!