De olho no autor #61: Bianca Carvalho Martins

No dia 10 de março deste ano, o livro O papagaio que não sabia falar, da autora Bianca Caravalho Martins, foi lançado na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi-Esplanada (em Sorocaba). Dei uma passada para conhecer a autora pessoalmente e, depois, fizemos uma entrevista a respeito do lançamento de seu primeiro livro e também sobre o que vem de novo por aí. Bora?

1. Você se formou em Letras e é estudante de Pedagogia. Pode-nos dizer por que escolheu tais cursos? De onde veio o interesse em escrever para o público infantil? 
Bianca: Sempre gostei muito da área de humanas, apesar de ter feito um curso de exatas. Escolhi Letras pela paixão que eu tinha pelas aulas de Língua Portuguesa na escola. Sou apaixonada por crianças e acredito que o curso de Pedagogia, além de trazer-me mais conhecimento, me ajudará a conhecer melhor o universo infantil. Talvez eu possa escrever histórias melhores ao conhecer melhor as crianças.


2. “O papagaio que não sabia falar” é seu primeiro livro. O que pode nos contar sobre ele? De onde veio a inspiração para a história? 
Bianca: O papagaio que não sabia falar conta a história de um papagaio que não fala (você já viu algum assim?) e da sua família em busca de uma solução. Levaram-no ao biólogo, psicólogo, veterinário etc. Ele ganha até uma namorada na esperança de que aprenda a falar, mas tudo isto é em vão. Um dia a dona esquece a gaiola aberta e o louro ganha a liberdade. Neste momento ele descobre que sabia falar, e não falava apenas porque estava preso! 


3. Tem outros projetos literários em vista? Pode nos falar sobre eles? 
Bianca: Sim! Tenho um sobre um leão vegetariano, que pretendo registrar ainda este ano e estou escrevendo uma história sobre um jacaré banguela
O leão vegetariano trata de amizade, de respeitar as diferenças e de experimentar algo novo. O jacaré banguela tem um problema no dente e tem medo de injeção! 
Eu tenho uma história de ficção (na cabeça) sobre a Síria que eu quero muito colocar no papel, mas antes disso eu preciso ler e estudar mais (sobre o assunto e sobre a escrita, estrutura, roteiro etc.), pois é muito diferente de um livro infantil. 


4. Vi que uma empresa de jogos digitais desenvolveu um jogo para smartphones baseado no seu livro. Como foi que isso aconteceu? Qual é o sentimento de saber que “O papagaio que não sabia falar” também vai estar nos smartphones? 
Bianca: Meu esposo recentemente concluiu o curso de Jogos Digitais e a empresa em que ele trabalha gostou do livro e se prontificou a produzir um jogo. Eu fiquei muito feliz, pois isso jamais passou pela minha cabeça. Hoje as crianças se interessam muito por tudo o que é digital, e é um desafio cada vez maior fazer com que se interessem por literatura. O que fizemos foi unir a literatura infantil ao mundo digital: o papagaio sai do livro e interage com o leitor. 


5. Além de escrever, você também lê bastante? De onde veio o gosto pela leitura? 
Bianca: Eu leio bastante, mas sempre fica a sensação de que poderia ler mais... a faculdade exige muito, então as minhas leituras no momento são baseadas nas bibliografias das disciplinas que estou cursando, mas sempre que sobra um tempo eu estou lendo algo, seja um livro em formato digital ou em papel mesmo. A leitura engrandece a alma e nos faz viajar para lugares fantásticos, sem falar nos inúmeros benefícios que a mesma traz. 


6. Quais dificuldades enfrentou até chegar o lançamento de seu primeiro livro? 
Bianca: Muitas! Eu escrevi esta história há quase 8 anos. Foram muitos nãos de editoras e outras que não obtive resposta. O meio literário é muito concorrido e pouco valorizado, mas persistir no sonho, conseguir realizá-lo e ver o sorriso no rosto das crianças é gratificante! 


7. Quais dicas você daria para quem deseja escrever um livro infantil? 
Bianca: Não desista! Mesmo que você receba alguns nãos, não quer dizer que o seu trabalho seja ruim. A primeira pessoa que deve acreditar em si mesmo é você! Continue estudando e escrevendo, pois um dia você chega lá!

14 comentários

  1. Acho que escrever para o público infantil me parece o mais difícil de todos porque os adultos tem que comprar e induzir na leitura e sabe como muitos são né? Eu adoraria que isto fosse obrigatório sempre e adorei a questão do leão vegetariano.

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  2. Oi Dryh, que bacana sua entrevista! Eu não conhecia a autora, mas escrever para crianças não é fácil e muito legal ter um jogo baseado no livro dela!!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Gostei muito da visão dele em escrever melhor conhecendo melhor, no caso as crianças. Assim como gostei da premissa do livro O papagaio que não sabia fala e os projetos literários. Não conhecia ela, mas desejo muito sucesso e assim que eu tiver a oportunidade quero colocar o livro na estante do meu filho.

    Abraços.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

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  4. Ainda não conhecia o trabalho dessa autora, mas estou completamente encantada com a premissa de seu primeiro livro, e a paixão que ela demonstra ter pelas crianças. Na minha opinião falta mais pessoas que interesse em ampliar a literatura infantil, utilizando do lúdico para tratar de assuntos como inclusão.

    VENHAM PARTICIPAR DO SORTEIO: kit da Tag Livros de fevereiro, O alforje, Bahiyyih Nakhjavani
    http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/

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  5. Que legal! Eu ainda não conhecia a autora e foi muito legal saber um pouco mais sobre ela.
    Beijos. Versos da Alma

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  6. Muito bom conhecer a autora através do seu post! Gosto muito de livros infantis, minha neta tem muitos. Fiquei interessada pela história do papagaio que só aprendeu a falar depois que encontrou a liberdade!! Darei esse livro de presente à minha neta.
    Bjs,
    Cidália.

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  7. Caramba, quase 8 anos que a história foi escrita? O meio literário é realmente muito complicado. Eu adorei o título do livro, a história em si e as outras histórias também, imagina só um leão vegetariano hahaha

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  8. Que legal! Não conhecia a autora mas fiquei apaixonada pelo livro dela, vou procurar assim que puder.
    Amo crianças e assim como ela também sou formada em Pedagogia e apaixonada pelo mundo literário.

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  9. Oie!

    Adorei a proposta da obra da autora, não sou de ler livros infantis, mas esse é muito fofo e achei uma ótima moral para todos que o lerem!

    Bjss

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  10. Oi Dryh, achei a autora master simpática e me identifiquei com ela quando disse que apesar de ler muito, sempre tem a sensação que poderia ler mais. Acontece o mesmo comigo.
    Amei a entrevista.
    Beijos

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  11. OI Dryh!
    Não conhecia a autora, mas adorei a entrevista. Ela parece ser um amorzinho e o livro parece ser encantador e achei incrível já ter app, sem dúvidas vai fazer os pequenos amarem ainda mais!
    Beijos

    www.lendoeapreciando.com

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  12. Olá, tudo bem?
    Eu não conhecia a autora ainda, mas adorei conferir a entrevista. Apesar do livro dela não ser o estilo que leio, estando mais voltado para o público infantil, me pareceu uma ótima leitura para crianças, pais com filhos pequenos ou professores do ensino infantil. Além disso, a autora parece ser uma fofa e ter se esforçado muito para conseguir publicar seu primeiro livro. O mercado editorial no Brasil não é fácil, então, fico feliz que ela tenha conseguido.
    Adorei a entrevista e desejo sucesso para a autora.
    Beijos!

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  13. Oi, Dryh

    Adorei a entrevista! Achei a analogia sobre o papagaio não falar com o fato dele estar preso muito boa!
    E achei super bacana a ideia do jogo! Realmente as crianças estão muito ligadas na tecnologia hoke em dia, e isso tem um lado bom e ruim. Mas é ótimo trazê-las pra dentro de uma história dessa maneira!

    Beijos
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

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  14. Olá!
    Que legal poder conferir essa dica e conhecer mais da autora. Realmente em nosso país é bem difícil o reconhecimento com a leitura de alguns gêneros. Mas tenho certeza que esse livro seria uma ótima dica para o publico infantojuvenil e levar a algumas reflexões que estão faltando nos dias de hoje para essa turminha.
    Beijos!

    Camila de Moraes

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