O Morcego

Olá a todos!

Hoje eu trago a resenha de um autor que eu não conhecia, mas havia ouvido falar bastante dele, é Jo Nesbo em O Morcego.

Título: O Morcego
Autor: Jo Nesbo
Editora: Record (cortesia do Grupo Editorial Record)
Ano: 2016
Páginas: 350
Série: Harry Hole #1

Sinopse: O corpo de uma jovem norueguesa é encontrado em um rochedo no fundo de um penhasco. O caso intriga a polícia: a vítima apresenta sinais de estrangulamento e suspeita-se de violência sexual, mas não há qualquer vestígio de DNA ou impressão digital do criminoso. Para colaborar com as investigações, a Divisão de Homicídios da Noruega envia o inspetor Harry Hole à cidade. Junto com o policial Andrew Kensington, Harry se depara com um caso mais complexo do que imagina: o que inicialmente parecia ser um crime isolado é apenas mais um em uma série de assassinatos cometidos por todo o país, sem qualquer relação aparente entre si. Um serial killer está à solta na cidade e, para Harry, a caçada começou.

Resenha

O Morcego é o primeiro livro da série de livros Harry Hole, o policial norueguês criado pelo conterrâneo Jo Nesbo. O livro começa com Harry desembarcando no aeroporto de Sidney, a sua missão é desvendar junto com a polícia australiana o que aconteceu com Inger, uma jovem norueguesa morta após um suspeito caso de estupro.

O detetive designado para guiar Harry é Andrew, um dos poucos policiais aborígenes de Sidney, na verdade, um dos poucos que conseguiram acesso ao cargo. Aborígene é o nome dos nativos australianos, os que estavam na ilha antes dos ingleses chegarem.

“O morcego é o símbolo aborígene da morte. Você sabia?”

Harry e Andrew percorrem Sidney em busca de pistas que levem ao paradeiro de Inger, já que encontraram ela morta em um penhasco, sem digitais ou alguma pista. Inger era uma apresentadora de TV na Noruega e se mudou para Sidney, onde trabalhava como dançarina em um clube.

Além da polícia de Sidney, Birgitta, garota que dançava no mesmo clube noturno que Inger, é quem ajuda os dois detetives. Quem foi o responsável pela morta de Inger? Será ele um serial killer a solta nas ruas da grande cidade australiana?

Ela ficou parecida com uma provocante água-viva. Ele não sabia que uma água-viva podia ser tão formosa.

Harry Hole é com certeza um dos meus detetives favoritos, ele conseguiu me conquistar no primeiro livro, o policial norueguês não é nada que esperamos em um livro policial. O detetive Hole, ainda durante o primeiro livro da série, tem muitas coisas a serem resolvidas, ele sofreu um acidente de carro matando seu amigo policial, pois estava embriagado.

Ao contrário de muitos outros detetives que protagonizam sua própria série de livros, Hole não tem problemas financeiros, familiares e nem traumas. Hole é gente como a gente, tem problema com bebidas, levou um fora de sua namorada e muitas vezes acorda querendo apenas voltar pra casa e não tem o desejo de fazer o mundo um lugar mais justo e lindo.

Nesbo não tem uma cartilha de bom modos quando escreve, isso me agrada bastante, pois deixa Morcego ainda mais completo, é um livro de ficção policial que podia ter me enganado caso fosse vendido como romance policial. O final de história é difícil de ser premeditado, já que é o primeiro livro da série e não conhecemos ao pé da letra os rumos da escrita do autor.

A alma humana é uma profunda e escura floresta e todas as decisões são tomadas individualmente.

Quanto a tradução do livro, a Record decidiu traduzir do inglês para o português, o que foi uma péssima escolha, já que o livro já havia sido traduzido do norueguês para o inglês. O trabalho de diagramação e capa estão bons, nenhum problema em relação a isso. A continuação do livro será Barata e já tem data prevista para lançamento, o segundo volume da série lerei em inglês e português para contar pra vocês um pouco mais do processo de tradução.

Recomendo O Morcego para os leitores apaixonados pela plaquinha "policial" que é exposta em algumas livrarias, todos esses leitores vão gostar bastante do livro. O Morcego é como qualquer café vindo do país do escritor, se mostra pretensioso, porém, fantástico até o último gole.