Juntando os pedaços

Oláá, pessoas, tudo bem com vocês?

Quando eu vi que a editora Seguinte ia lançar mais um livro da Jennifer Niven, fiquei doida. Eu me apaixonei completamente por Por lugares incríveis, então minhas expectativas foram para o alto. É com muita alegria e satisfação que eu lhes digo: expectativas alcançadas com sucesso!

Título: Juntando os pedaços

Autora: Jennifer Niven

Editora: Seguinte (cortesia)

Páginas: 392

Edição: 1

Lançamento: 2016

Sinopse: Jack tem prosopagnosia, uma doença que o impede de reconhecer o rosto das pessoas. Quando ele olha para alguém, vê os olhos, o nariz, a boca… mas não consegue juntar todas as peças do quebra-cabeça para gravar na memória. Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. Mas ninguém sabe disso — até o dia em que ele encontra a Libby. Libby é nova na escola. Ela passou os últimos anos em casa, juntando os pedaços do seu coração depois da morte de sua mãe. A garota finalmente se sente pronta para voltar à vida normal, mas logo nos primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa de seu peso e vai parar na diretoria. Junto com Jack. Aos poucos essa dupla improvável se aproxima e, juntos, eles aprendem a enxergar um ao outro como ninguém antes tinha feito.

Resenha

Depois de anos estudando em casa e se recuperando de um episódio ruim, Libby finalmente voltará para a escola. Ela não é mais a garota que precisou ser resgatada da própria casa porque já não saía há meses; agora ela era uma nova Libby. Mas ela tinha muito medo do que poderia acontecer naquele primeiro dia de aula. Eram muitos e se, e ela não sabia se estava pronta para enfrentar o ensino médio. Mas precisava tentar.

Em algum lugar nessa escola pode estar o garoto por quem vou me apaixonar. – página 29

Jack possui uma doença neurológica rara: prosopagnosia; ele não consegue reconhecer o rosto de pessoas, nem dele próprio. Foi assim que ele acabou ficando com a prima de sua namorada, Caroline; ambas eram muito parecidas. Mas ninguém sabe disso, nem mesmo os pais de Jack. Ele anda com uma turma de idiotas na escola, e é assim que acaba conhecendo Libby: um de seus amigos idiotas inventa uma brincadeira idiota onde o participante teria que agarrar uma garota gorda. Ganhava quem conseguisse agarrar uma garota por mais tempo. Libby não foi a primeira vítima, mas, quando Jack a agarrou, ela lhe deu um soco (muito bem dado, por sinal) no rosto, e é aí que tudo começa.

Eu sabia que iria gostar deste livro, mas não imaginei que pudesse me apaixonar por ele já nas primeiras páginas. Juro. Sabe quando você começa a ler um livro e já é fisgadx para dentro da história, mal percebe as páginas passando e fica sorrindo que nem idiota quando alguma coisa fofa acontece, ou tremendo de tensão ou raiva? Foi o que aconteceu comigo. Eu sentia na pele o nervosismo e o medo dos personagens, sorria que nem boba sempre que eles olhavam ou entendiam um ao outro. Sem contar que eu ficava o tempo todo torcendo para eles.

De repente me sinto velho e muito, muito cansado. É exaustivo ter que ficar procurando as pessoas que você ama. – página 109

Não sei dizer qual dos dois me encantou mais, a verdade é que eu fiquei apaixonada por ambos, e torcia igualmente para eles. Ok, eu torcia para que eles ficassem JUNTOS e conseguissem superar tudo, desde o bullying que a Libby sofria até a doença do Jack, que o colocava em situações realmente constrangedoras e assustadoras. E o pior era que ele tinha medo de contar a todos, pois muito poderiam se aproveitar da situação e humilhá-lo.

Claro, eu não concordei com todas as decisões e ações dos personagens, e cheguei a odiar Jack por um momento (quando ele agarrou Libby na tal brincadeira [mesmo que tenha deixado uma carta de desculpas com ela depois]), mas o amadurecimento de ambos ao longo da história é bem notável, e os personagens secundários mais importantes deram uma ajudinha nisso. O pai de Libby, que, além da morte da esposa, ainda precisou ver a filha engordando sem parar e sofrendo; os irmãos de Jack, Marcus e Dusty, e os pais dele também, apesar de estarem enfrentando os próprios problemas; Rachel, uma amiga de Libby, e acho que até os professores e a diretora da escola.

Sei que Jack aparenta ser uma pessoa horrível pelo o que ele fez, mas, quando vemos seu ponto de vista e seus motivos, não é difícil entende-lo. Não justifica o que fez, mas ajuda a entender. Ele fazia de tudo para ser aceito e visto como queria ser visto, tanto pela sua doença (e o medo de descobrirem), quanto porque ele ainda precisava descobrir quem realmente era, e não só fisicamente.

E lembre que, o que quer que a gente descubra hoje, não vai mudar nada. [...] Você ainda é Jack Masselin. Ainda é um pé no saco. Ainda é você. – página 215

Já a Libby é o tipo de personagem que a gente só quer abraçar o tempo inteiro. Ela é corajosa de uma forma como eu nunca vi igual, e o jeito como lida com tudo é incrível e triste ao mesmo tempo. Ela passou por tantas coisas e ainda é tão jovem, mas é uma jovem admirável e incrivelmente talentosa (ela ama dançar e o faz muito bem). Mas Libby também amadurece ao longo da história, e ela foi de grande importância nas superações e no amadurecimento de Jack, o que me fez gostar ainda mais dela.

Libby é concreta. É real. Enquanto eu segurar sua mão, não vai desaparecer diante dos meus olhos. – página 231

Concluindo, Juntando os pedaços foi um dos livros mais lindos (e mais rápidos!) que eu já li, e, mais uma vez, Jennifer Niven conseguiu me arrebatar com vários sentimentos e me deixou querendo mais. E que final! Pura maldade acabar de forma tão lindinha e apaixonante e não ter nada depois. Fiquei um pouco decepcionada com isso...haha’ mas faz parte. Que venham mais livros da Jennifer, e que este seja adaptado pelas telonas pelo amor dos céus!