Hoje eu trouxe a resenha de Celular, primeiro livro do Stephen King que eu li. Criei coragem e decidi me arriscar em gêneros que não leio muito: terror e suspense. Bora?
Autor: Stephen King
Tradutor: Fabiano Morais
Editora: Suma (cortesia)
Páginas: 384
Edição: 2
Lançamento: 2018
Sinopse: Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista Clay Riddell estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina. Stephen King - que já nos assustou com gatos, cachorros, palhaços, vampiros, lobisomens, alienígenas e fantasmas, entre outros personagens malévolos - elegeu os zumbis como responsáveis pelo caos desta vez.
Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem.
Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes.
Neste cenário de horror, Clay usa seu pesado portfolio para defender um homem prestes a ser abatido, Tom McCourt, e eles se tornam amigos. Juntos, eles resgatam Alice Maxwell, uma menina de 15 anos que sobreviveu a um ataque da própria mãe.
Os três sortudos - entre outros poucos que estavam sem celular naquele dia - tentam se proteger ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente o filho de Clay. Assim, em ritmo alucinante, se desenrola esta história. O desafio é sobreviver num mundo virado às avessas. Será possível?
Resenha
“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.” – página 205
No dia 1º de outubro, o mundo parou. Todas as pessoas portando um celular deram “pane” e se tornaram zumbis (ou fonáticos, como as personagens chamam), atacando o que quer que vissem pela frente e incendiando cidades inteiras. Clay Riddell felizmente não tinha celular, e por este motivo, se safou da loucura... Mas o que ele deveria fazer agora? Não havia quem chamar, e ele obviamente não podia usar um celular, a ex-esposa e o filho estavam em outro estado, e ele se encontrava preso em Boston, onde tivera uma reunião naquela manhã, e agora as pessoas estavam simplesmente matando umas às outras!
Felizmente Clay encontra outras pessoas sãs, que também não foram afetadas pelo Pulso (que foi quando todos os celulares transformaram seus donos em fonáticos), e junto com Tom e Alice, ele decide ir para o Maine, onde sua família estava. Mas ele não sabia como os encontraria.... Será que estavam vivos e sãos como ele, ou haviam virado vítimas dos celulares?
Algo ruim está acontecendo aqui, ele pensou. E os fonáticos são apenas o começo. – página 163
Solicitei este livro à editora porque a premissa me pareceu muito original: apocalipse zumbi causado por celulares! Eu nunca tinha visto nada igual, e como gosto bastante de histórias apocalípticas, fiquei mega curiosa. - E também já estava na hora de ler alguma coisa de Stephen King, cujos livros eu sempre vejo entre os favoritos dos leitores. – Acontece que eu não curti muito a maneira como a história começou, não consegui gostar de Clay de cara e nem da escrita, mas decidi ter paciência e continuar.
A história é sim interessante, mas a maneira como foi contada.... Não consegui gostar de nenhum personagem, não torcia para ninguém (na verdade eu só queria saber os motivos que levaram ao apocalipse, e também queria saber como tudo acabaria), e achei a escrita do autor bem fraca. Em alguns momentos ela até me envolvia, mas tais momentos ou acabavam rápido demais ou eram tão previsíveis que eu nem mesmo sentia aquela tensão que costumamos sentir em cenas do tipo.
Um pouco mais adiante, ele notou outra coisa. Havia telefones celulares largados pela rua. Eles passavam por um depois do outro, e nenhum estava inteiro. Tinham sido ou esmagados ou pisoteados até se tornarem um monte de fios e lascas de plástico, como cobras perigosas aniquiladas antes que voltassem a morder. – página 75
Claro que existiram algumas cenas que conseguiram me deixar vidrada na história, mas o livro é grande, o livro prometia MUITO e o nome do autor ainda mais, e acabou que Celular foi o pior livro apocalíptico que eu já li, senti que foi mal escrito; os personagens não possuem carisma algum, eu não consegui gostar nem mesmo dos mais jovens, e de Clay muito menos. A história ia seguindo por um caminho bem sobrenatural e o autor não ofereceu explicações boas para tudo o que aconteceu, pelo contrário, o desfecho só me deixou com mais dúvidas ainda, porque acaba sem mais nem menos, não é algo concreto. E eu odeio finais em aberto...haha’
“O que Darwin foi educado demais para dizer, meus amigos, é que dominamos a Terra não porque somos os mais inteligentes, ou mesmo os mais cruéis, mas porque sempre fomos os mais loucos, os mais desgraçados homicidas da floresta. E foi isso o que o Pulso demonstrou há cinco dias.” – página 178
Claro que a ideia de King foi muito interessante, e é difícil falar sobre tecnologia sem reclamar sobre como as pessoas ficam o dia todo nos celulares ou o que quer que seja, mas o livro é um tanto real. Pelo menos a parte em que celulares transformam pessoas em zumbis; não vemos o pessoal matando por aí por causa disso, MAS, vai dizer que não tem gente que fica o dia todo olhando para uma tela e ignorando o mundo ao redor? Anyway... Celular possui uma premissa muito interessante, mas eu esperava MUITO mais do Mestre do Terror; eu que sou medrosa não senti medo nenhuma vez durante toda a leitura, e somando isso ao fato de não ter gostado dos personagens.... Foi uma decepção e tanto. Quem é fã de histórias apocalípticas pode esperar muito e se decepcionar.
Ao longe, trazido pelo vento sabe-se lá quantos quilômetros, ouviu-se o som fraco de um tiro. Então um silêncio sinistro e absoluto caiu sobre o mundo, enquanto a noite aguardava para dar lugar ao dia. – página 188
Oi Dryh, tudo bem? Pelo que ando vendo por aí, a opinião do pessoal a respeito desse livro é bem unânime, o pessoal costuma não gostar muito, acha a narrativa bem fraca etc, eu não leria porque não é um genero que tenho interesse, e ai com uma história onde voce nao torce por ninguém... A coisa só piora né? Hahah valeu pela resenha sincera!
ResponderExcluirOlá...
ResponderExcluirEu já assisti o filme e também tive a mesma opinião que você, tinha tudo para dar super certo... Mas o final meio que decepcionou...
Beijos e parabéns pela resenha
Blogancoraliteraria
Eu não sou muito de terror e não tem quem me faça pegar um para ler,por mais que tente fazer isso, não consigo! Mas que bom que vc se arriscou!
ResponderExcluir