Especial Juliet Marillier

Oie pessoal, tudo bem com vocês?
Há algum tempo atrás, a Editora Butterfly liberou uma entrevista com a autora Juliet Marillier (Filha da floresta, Filho das sombras), e como hoje é dia de especial autores, decidi colocar a entrevista junto com duas resenhas de dois livros dela, A dança da floresta e O segredo de Cybele. 

1) O que a motivou a escrever a Trilogia Sevenwaters?

Sempre gostei muito do conto “Os Seis Cisnes”, dos irmãos Grimm. A protagonista da história é uma personagem feminina e forte que demonstra grande coragem, paciência e lealdade à família confeccionando camisas com a fibra de uma planta cheia de espinhos para salvar seus seis irmãos de uma maldição que os transformou em cisnes. E, claro, durante o processo tem que se manter calada a qualquer custo. O mistério da transformação dos jovens em pássaros sempre me fascinou. Eu ficava imaginando o que aconteceria se aquilo acontecesse com uma família de verdade. Quem conseguiria se manter forte? Quem conseguiria resistir a tanto sofrimento? Que tipo de pessoa eles seriam depois de passar por uma experiência assim? Foi tudo isso que descrevi no primeiro livro da série Sevenwaters, “A Filha da Floresta”. E ao escrever, percebi que os acontecimentos viriam a afetar a família por várias gerações. Então surgiu a continuação.


2) Por que a preferência de escrever este tipo de livro? Como foi o processo de criação?

Desde criança gosto de contos de fadas, folclore, mitos e lendas. Passei a vida lendo e estudando este tipo de material e isso acabou influenciando meu trabalho, tanto nos temas que escolho quanto em meu estilo ao escrever. Adoro mesclar alegorias e ideias de histórias antigas com personagens e temas que (acredito) sejam interessantes para o leitor de hoje. Trabalho exclusivamente como escritora, em minha casa, e normalmente produzo um livro por ano (tenho dezesseis romances e um livro de contos publicados). Meu processo normalmente se inicia com uma ideia que pode vir tanto de alguma história que ouço como de uma situação em que me encontro na vida real quanto de uma história de contos de fadas ou de folclore. Começo então a pesquisar para dar ao material detalhes que possam torna-lo convincente e real. Não costumo criar mundos paralelos como faz a maioria dos autores de ficção. Prefiro que minhas histórias se passem em épocas e lugares “reais”. No caso da série Sevenwaters o ar de mistério fica por conta das crenças das pessoas da época sobre um Outro Mundo e as raças místicas da Irlanda. Ao terminar a pesquisa passo então a planejar a estrutura do romance e só então começo a escrevê-lo. Trabalho geralmente em horário comercial, mas como sou minha própria chefe a escala é flexível. Agora, quando o prazo está apertado meu expediente diário pode ser bem mais longo.

3) Na Trilogia Sevenwaters as histórias são em 1ª pessoa, contadas por personagens femininas (Sorcha, Liadan e Faine). Algum motivo especial?

Nesta série, em especial (que agora deixou de ser apenas uma trilogia com o lançamento de mais três livros, também narrados em primeira pessoa e por personagens femininas) senti que seria a melhor maneira de contar as histórias. Permite ao leitor se identificar plenamente com a protagonista. E, no caso de Sorcha, foi ideal porque quase não há falas, apenas sua voz interior. Os livros da série Sevenwaters descrevem a jornada pessoal das personagens principais.

4) Dos personagens da Trilogia Sevenwaters há algum com o qual se identifica? Por quê?

Não me identifico com algum personagem em especial, embora Liadan (de “O Filho das Sombras”) seja a mulher que eu gostaria de ser, com toda a sua coragem e persistência!

5) Como você se sente diante do sucesso da trilogia?

Fico maravilhada! “Filha da Floresta” foi meu primeiro romance e creio que a história de Sorcha tocou os corações dos leitores e os levou a acompanhar a saga das três gerações da família de Sevenwaters. Escrevi outros livros, mas esta série é a que mais faz sucesso até hoje. Os leitores vivem me pedindo para escrever mais!

6) Já considerou a ideia de transformá-la em filme?

Todo mundo me pergunta isso. Sim, já pensei no assunto, mas um autor não tem como fazer um filme sozinho. É preciso que alguém adquira os direitos cinematográficos para investir no projeto. Espero que isso aconteça um dia.

7) Os leitores ficaram muito felizes com a publicação da Trilogia Sevenwaters no Brasil. Teria planos de visitar nosso país e conhecer seus fãs brasileiros?

Adoraria visitar o Brasil (e, principalmente, ver a Austrália jogar na Copa do Mundo!). Mas ainda é só uma ideia. Neste momento estou me dedicando em tempo integral a meu próximo livro e não tenho como fazer uma viagem mais longa. Mas seria maravilhoso conhecer meus leitores brasileiros e esse país maravilhoso. Dizem que suas histórias e folclore são fascinantes. Estou aberta a convites.

8) Que mensagem você gostaria de transmitir a seus leitores brasileiros?

Olá a todos! É muito bom ver meus livros publicados no Brasil com capas tão bonitas e toda a campanha de publicidade da Editora Butterfly. Sei que tenho leitores dedicados que esperaram bastante para ver a série Sevenwaters. Espero que gostem de “Filho das Sombras”. Eu, particularmente, gosto muito do protagonista desta história. E quem gosta de tatuagens com certeza também vai gostar.

A dança da floresta

Titulo: A dança da floresta
Autora: Juliet Marilier
Editora: Prumo
Páginas: 369
Edição: 1
Lançamento: 2008
Sinopse: Esta é uma história mágica, que transita entre um mundo mítico e um castelo na Transilvânia... Jena, uma garota de 16 anos, seu sapinho de estimação Gogu e suas quatro irmãs guardam um segredo: desde pequeninas, em toda noite de Lua Cheia, fazem sombras com as mãos contra uma pedra, abrindo um misterioso portal para uma floresta mágica, onde dançam com encantadoras e bizarras criaturas fantásticas. Porém, elas não imaginavam que suas vidas mudariam drasticamente: o pai adoece e, por recomendações médicas, vai para uma região onde o inverno é mais ameno. Jena e sua irmã Tati ficam encarregadas de cuidar dos negócios da família no castelo Piscul Dracului. As coisas vão bem até que um trágico acidente deixa tudo fora de controle. Para piorar, sua irmã se apaixonara por uma das misteriosas criaturas da Clareira Dançante da floresta...

Resenha

Jena mora com suas irmãs, seu pai, e com seu sapo de estimação, Gogu, num castelo enorme, chamado de Piscul Dracului, na Transilvânia. Mas o que ninguém sabe, é que ela e suas irmãs abrem um portal toda Lua Cheia, e entram em outro mundo, conhecido como Outro Reino, onde vivem as mais diversas criaturas mágicas, e onde elas dançam e festejam, até amanhecer, que é quando voltam para casa. Esse livro me lembrou um pouco de um filme, em que doze princesas abrem um portal no quarto delas e acabam indo pra outro mundo, onde dançam até amanhecer.

Quando o pai de Jena adoece, e precisa passar o inverno numa cidade onde o frio é menor, Jena e sua irmã mais velha, Tati, ficam encarregadas de cuidar dos negócios da família e das outras irmãs. Mas as coisas ficam estranhas quando elas conhecem os Seres da Noite, que são como vampiros, que assustam todos os seres mágicos, e ficam ainda piores quando Cezar, o primo delas aparece, querendo tomar posse do castelo.

Jena é a filha responsável, e por causa disso, sente como se tivesse que fazer tudo certo, e que cada erro é uma decepção para suas irmãs e um fracasso. Tatiana é a filha bonita, que sempre é elogiada pelos outros, e também a filha mais velha. Iulia é a curvilínea, e gosta de ter a atenção dos outros. Paula é a estudiosa, bem diferente de Iulia. E Stela é a “bebê”, a mais nova.

Por mais que Jena pense que já é adulta, e que pode fazer tudo sozinha, nem sempre é possível resolver os problemas sozinha, sem a ajuda de alguém, e isso se repete tantas vezes, que chega até a irritar, e dá vontade de largar o livro. Mas não fiz isso uma vez sequer, porque o livro é surpreendente!!!

A coragem e a determinação das cinco irmãs é incrível. Principalmente Jena, que faz de tudo para ver suas irmãs felizes e seguras, e principalmente, para ver Piscul Dracului longe das mãos de quem não o pertence. A série é composta por somente dois livros, o que é uma pena, levando em consideração o quanto é legal.


O segredo de Cybele

Titulo: O segredo de Cybele
Autora: Juliet Marillier
Editora: Prumo
Páginas: 424
Edição: 1
Lançamento: 2008
SinopseA jovem Paula aventura-se por entre os cantos proibidos de uma misteriosa cidade e o mundo encantado do outro Reino. Mas ela poderá suportar os testes de bravura, sabedoria e amor verdadeiro? Na Istambul do começo do período otomano, época em que essa cidade era o coração comercial da atual Turquia, Paula vivencia verdadeiras provações humanas que envolvem os limites da religião muçulmana, o culto secreto à deusa Cybele e sua irmã desaparecida Tati. Essa expedição a levará a verdadeiros testes de bravura e confiança. 

Resenha

Desta vez, quem conta a história é Paula, a filha estudiosa. Paula e seu pai estão fazendo uma viagem á Istambul, centro comercial da Turquia, e eles estão atrás de um artefato muito famoso, e também muito precioso. Mas eles não são os únicos que querem esse artefato, que se chama O presente de Cybele.

Paula me lembra muito Jena, a irmã que contou a história do primeiro livro, mas elas não são iguais, as duas são inteligentes, mas cada uma pensa e age de uma forma. Para ficar protegida no meio de pessoas perigosas, o pai de Paula contrata um guarda-costas para ela. Stoyan é um dos melhores personagens de todo o livro, claro que, não chega aos pés de Duarte, um pirata super charmoso.

O livro é tão bom quanto o primeiro, tirando que o começo dele é um pouco cansativo, mas ainda assim é uma história muito boa, que flui bem depois da metade do livro, somente aí fica emocionante. É impossível largar o livro quando chega na metade, que é onde ocorre as coisas mais interessantes, e percebemos aí que Paula é muito corajosa, e também mais inteligente do que aparenta.

Acho que Paula só fica corajosa e forte no final, porque no livro todo o pai dela e Stoyan viviam protegendo-a, e não deixavam ela sair de casa, com medo de algo ruim acontecer, como se ela fosse uma boneca e não soubesse se defender sozinha. Claro que, numa cidade bagunçada como aquela, ela poderia se perder, mas Paula não é tão ingênua e frágil como eles pensaram, ela é muito forte, e ainda mais inteligente. Principalmente quando precisa realizar uma missão, da qual ela nem sabe o que é, mas sabe que precisa.

Lá em Istambul, Paula conhece Irena, que é uma mulher famosa e muito rica, e as duas acabam se tornando amigas. Não fui com a cara de Irene desde o inicio, ela parecia ser quem não era, com um jeito muito amigável, que chegava até a ser falso, e por mais que ela tenha ajudado Paula, ainda não conseguia gostar dessa personagem.

MilkMilks
Dryh Meira

4 comentários

  1. Eu já havia lido a entrevista e gostei muito, adoro os livros Filha da Floresta e O Filho das Sombras, estou muito ansiosa pelo último livro!
    Não conhecia esses dois outros livros, mas quero conhecer, pois adorei a escrita da autora!

    bjo bjo^^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu também estou dooida para ler o último livro, parece ser ainda melhor que os primeiros :)

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  2. Eu morro de vontade de ler os livros dessa autora!
    Ainda compro eles haha
    Beijos,
    Paula
    http://www.interacaoliteraria.com/

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    Respostas
    1. rsrs' o problema é que os livros são um pouco carinhos *-* mas são maravilhosos, acredite :)

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