Especial Janice Diniz

Oie pessoal, tudo bem com vocês?
Decidi dar uma furadinha na programação do blog e colocar o Especial Autores hoje, com a participação da querida Janice Diniz, autora da série Matarana.
Vamos lá?
Primeiro, eu gostaria de agradecer a Janice por nos conceder essa entrevista, e parabenizá-la pelo sucesso da série. Muitíssimo obrigada Janice, é um prazer imenso ter você aqui no blog, e parabéns pela série, desejo á você muito sucesso.
Entrevista com Janice Diniz

1.      Antes de tudo, poderia nos dizer de onde vieram as inspirações para escrever seus livros?
Janice - Oi, Dryh, basicamente foram das minhas experiências pessoais, já que morei durante um ano no Mato Grosso, em uma cidade que, inclusive, serviu de inspiração à criação de Matarana e também às minhas leituras, sempre gostei da ação do romance americano e do aprofundamento psicológico dos romances russo e francês.

2.      Você se inspirou em alguém para criar os personagens? 
Janice - Olha, me inspirei mais em valores e ideias para criá-los do em pessoas. Cada protagonista representa um valor, um modo de agir, um comportamento humano. Então o que fiz foi reuni-los em torno de uma história de poder e sentimentos extremos numa cidade castigada, ora pelo sol intenso, ora pelas chuvas torrenciais. O único personagem baseado em uma pessoa real, que conheci vagamente (e detestei kkk) foi o coronel Marau, existia um desses onde morei por quase dois anos kkkk

3.      Além de escrever, você também lê bastante? Qual o seu gênero favorito?
Janice - Ao contrário de muitos escritores, comecei a escrever e depois passei a ler muito, isso ainda aos 12 anos. Agora que escrevo profissionalmente, tenho metas a cumprir e um calendário de publicações, então leio menos do que gostaria. Meu gênero preferido é o romance contemporâneo mais realista, ainda que tenha de ser romântico e “hot” kkk Gosto de romance com “pegada” kkkk

4.      Sabemos que essa pergunta pode ser chata, mas você já recebeu criticas mal educadas sobre o seu trabalho? 
Janice - Já li comentários grosseiros incoerentes e comentários apenas incoerentes kkkkk 

5.      Se você fosse um personagem, de qualquer livro, qual seria? Por quê?
Janice - Meu alter ego é a Karen Lisboa, não é fácil ser ela, mas acho que vale a pena kkk Ela luta para ter uma vida autêntica, de acordo com as próprias regras, além de ser uma boa mãe e leal aos amigos; principalmente às amigas J

6.      De onde veio essa vontade de escrever? 
Janice - Dryh, essa pergunta é muito difícil de responder, já que eu não sei a origem dessa paixão ou obsessão por escrever. Ainda assim, acredito que seja uma forma de expressão de ideias e sentimentos que, de outra forma, teria me levado a uma vida sem graça ou a um hospício kkkk

7. Qual a sensação de saber que dezenas, centenas de pessoas, estão lendo seus livros e gostando?
Janice - É uma sensação viciante, sem dúvida. E uma grande responsabilidade. Cada uma tem o seu personagem “queridinho”, ou mais de um deles, e todo o cuidado, por parte da autora, é pouco kkkk Meses atrás, divulguei no FB, que infelizmente um dos protagonistas da série havia morrido. Pra quê...kkkk Não sei de onde surgiu tanta gente preocupada com o seu preferido kkkk Fiquei surpresa com as manifestações e também feliz por elas gostarem tanto dos meus (nossos) caubóis.

8.      Você chegou a pensar em desistir no meio do caminho, entre escrever e publicar?
Janice - Separo uma coisa da outra para não acabar com a minha carreira. “Escrever” é algo meu, intrínseco, faz parte da minha natureza e é o meu mundo particular, que somente é dividido com os outros depois da publicação. Assim, eu jamais pararia de escrever, mas poderia parar de publicar. Mas respondendo a sua pergunta, sim, já pensei várias vezes em desistir e, como não o fiz, isso significa que estou preparada para continuar.

9.      Quais os seus autores favoritos? Você se inspirou neles para escrever?
Janice - Muitos, mas os principais, os do meu coração: Fernando Sabino, Janet Dailey, Anton Tchecov, Hermann Hesse, Charles Bukowski, Albert Camus, Marguerite Duras e, atualmente, Maya Banks e Linda Howard. Todos eles me inspiram, e os primeiros, os escritores “das antigas”, continuam sendo os meus mentores.

10.    Como é a vida de um escritor? É muito corrida?
Janice - É bem corrida, sim. Enquanto escrevo o próximo romance a ser publicado, após o terceiro livro da série Matarana, reviso Fogo no Cerrado, preparo conteúdo para a Página da série no FB, divulgo e controlo as vendas na Amazon e ainda escrevo para um projeto paralelo, como Veronique Gris, que tenho desde 2009, de romances românticos eróticos.

11.     Sabe que depois de ler Terra ardente me deu uma vontade de conhecer Matarana? rsrs’ como é lá?
Janice - É aquilo lá mesmo kkkk Como disse antes, Matarana foi criada a partir da minha experiência vivendo em Sorriso (MT). Claro que, como sou escritora e tenho a imaginação mais fértil que o solo de Matarana (risos), exagerei nas cores.

12.  Última perguntinha (para atiçar a curiosidade dos leitores hihi) O que as pessoas que ainda não leram a série Matarana podem esperar dos livros?
Janice - São romances com cenas de ação, sexo, amor intenso, violência e uma boa dose de humor e drama. Para quem gosta de filmes do Jason Statham com personagens a la Clint Eastwood e uma atmosfera de Urban Cowboy é uma boa pedida ;) É também uma série escrita para o entretenimento, mas se você conseguir acompanhar as análises sociais e psicológicas, ficam então como um bônus.
Obrigada pela oportunidade, Dryh. Adorei a sua entrevista.

Onde encontrar:
Twitter da autora: @janice_diniz

Janice Diniz

Janice Diniz nasceu em Porto Alegre. Estudou Filosofia e Letras. Em 2008, o conto “Não encontrei linha de costura nas Lojas Americanas” venceu concurso Exercícios Urbanos, Portal Literal. Colaborou com textos curtos para as revistas Paralelo 30, Storm Magazine (Europa), Germina e Novas Visões de São Paulo. Autora da série Matarana e da Coleção Cowboys de Santa Fé. Vive com seus dois filhos, Matheus e Karla.


Terra Ardente

Titulo: Terra ardente
Autora: Janice Diniz
Editora: Multifoco
Páginas: 286
Edição: 1
Lançamento: 2011
Sinopse: Karen tem má fama na cidade. Envolvida com corridas de cavalo, dívidas que podem levá-la à falência e uma vida afetiva que segue a regra dos três encontros e nunca mais, ela não pode fracassar. No seu encalço, dois fazendeiros ambicionando tomarem-lhe a propriedade. Com a vida em risco e sozinha num lugar hostil, ela tenta sobreviver e cuidar da avó e do filho. Se for preciso, seduzirá o delegado de polícia de Matarana para protegê-la – um caubói da lei que se comporta como um xerife durão do velho-oeste americano. Mas Karen não é a única mulher em apuros. A jornalista Nova Monteiro investiga um latifundiário suspeito de aliciar trabalhadores. Abandonou o sudeste para ficar ao lado do homem que ama desde a infância. Um amor que tem tudo para não se concretizar. O que Nova não sabe, porém, é que, segundo boatos, a chuva de cinzas na estação do estio não é somente das queimadas, mas também dos corpos dos forasteiros que se metem com os poderosos da região. Assim, ela faz duas descobertas: que luta pela causa errada e que o amor verdadeiro é um sentimento bruto que pode nascer do medo. Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau.

Resenha

Matarana é uma cidade esquecida no mapa, quente, seca, bem parecia com o velho-oeste. Lá dois homens poderosos brigam por mais poder e riqueza, e todos os tipos de criminosos são acobertados por eles, pois assim eles podem continuar no poder. Lá conhecemos Karen, uma mulher um pouco machista que tem aquela fama ruim de ter “passado na mão de muitos” e protegida de um de Dolejal, um dos dois homens mais poderosos da cidade.

Nova é uma garota que veio de Minas Gerais em busca de algo maior, algo que fizesse sua carreira como jornalista decolar, mas até agora tudo o que ela arranjou na cidade foram encrencas, principalmente por tentar descobrir coisas sobre os assassinos e criminosos que são protegidos por Dolejal e Marau. A garota sabe como se meter em confusão, mas também sabe como agradar o leitor.

No inicio foi um pouco difícil continuar a leitura, a autora usa certas palavras que para mim pareciam incompreensíveis, e a escrita estava um pouco confusa, mas depois fui me acostumando e consegui ler o livro normalmente. Não senti nada me prendendo ao livro até mais ou menos o meio dele, que foi quando a leitura começou a fluir, e quando comecei a gostar dos personagens. Mas antes disso, pausei a leitura diversas vezes, e confesso que o que eu mais queria era terminar de ler logo Terra ardente para começar outro livro.

Karen não é uma personagem muito agradável, não por ser meio machona, nada disso, o jeito dela se portar é um pouco estranho, sim, mas há outros fatores que a deixaram ainda mais difícil de engolir, como por exemplo, se entregar para o primeiro que aparece á sua frente, simplesmente não conseguia gostar dela. Já com Nova foi diferente. Ela foi a minha personagem favorita no livro, e como o livro é dividido entre as histórias de Karen e Nova, eu mal via a hora de terminar de ler as partes de Karen para chegar logo na de Nova.

Quando comecei a ler Terra ardente, imaginei que a história se passasse numa época antiga, mas estava errada. Ela se passa no século XXI, justamente onde estamos agora, mas enquanto lia o livro, via como se ele fosse do século passado, uma época bem mais antiga, e adorei o fato da autora conseguir fazer isso com o leitor.

Por mais que tenha gostado do livro, não acho que ele seja maravilhoso, ou um dos melhores que eu já li. A leitura foi difícil no começo, alguns personagens são bem chatinhos, a linguagem usada (no inicio do livro) é um pouco difícil de entender... Mas apesar de tudo, Terra ardente é um livro bom, os personagens conseguiram me encantar aos poucos (e como...)... Estou muuito ansiosa para ler os próximos livros da série.
MilkMilks
Dryh Meira

3 comentários

  1. Olá.

    Adorei a entrevista e resenha, não conhecia a autora e nem o livro.
    Me interessei apesar de ser série rs.

    Beijos
    Tamires C.
    http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Não conhecia o livro e nem a autora...
    Admito que não me vi muito motivada a ler, estou fugindo de séries desesperadamente haha
    Beijos,
    Paula
    http://www.interacaoliteraria.com/

    ResponderExcluir
  3. Eu fiquei encantada com as capas! rsrsrsrsrrs São lindas demais!
    Adorei a entrevista, assim podemos conhecer um pouco sobre o autor!
    Pretendo ler, mas confesso que só mesmo a capa me chamou a atenção!

    bjo bjo^^

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