Persépolis

H
ey, pessoal! Tudo bom com vocês? Assim como a Dryh, acabei aproveitando a folga do dia do trabalhador para poder trazer uma resenha de uma história em quadrinhos incrível para vocês. Então, gente, estão preparados para conhecer a vivência da Marji?


Título: Persépolis
Autoras: Marjane Satrapi
Editora: Cia. Das Letras (cortesia)
Páginas: 352
Edição: 1
Lançamento: 2007
Sinopse: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.



Resenha:

Um dos motivos que me levaram a solicitar esse livro para a Companhia das Letras, foi pelo fato de que o ENEM já colocou uma questão com foco nessa obra, no ano de 2016, onde interrogava a respeito da Revolução Islâmica ocorrida no Irã em 1979 alterou a política do país, transformando-o em uma república islâmica teocrática - quando as leis do Estado são inspiradas por um ou vários deuses-, além de proibir muitos costumes ocidentais e retomar valores religiosos tradicionais do Islã, como o uso do véu.

Pois bem, é disso que iremos falar e na verdade, o livro é uma autobiografia, apresentando traços simples e uma história totalmente avassaladora. É interessante o ponto de vista da autora de narrar sobre a sua própria sobrevivência através de desenhos, mesmo que, alguns sejam até tão pesados de serem lidos. O enredo é composto de três aspectos, a infância, a adolescência e a sua fase adulta, com uma narração repleta de cultura e costumes do próprio país.



Tudo se inicia quando Marjane chega os seus dez anos, ela nasceu em 1969, em 1979 começa a grande catástrofe. O uso do véu torna-se obrigatório para as meninas das escolas (não somente na escola, mas para toda a civilização), já que, segundo aspectos da sociedade o cabelos das mulheres contém raios que excitam os homens, então no caso, seria necessário escondê, ademais é na verdade uma espécie de ditadura vivida pela Marji, pelo fato de que além a Revolução Islâmica, temos também a guerra entre Irã e Iraque. E com isso, o acréscimo de violência e morte chega numa altura exorbitante.


Devido ao início de "apenas" uma censura, que acaba se modificando em uma ditadura, os pais a autora decidem leva-la para a Áustria com apenas 14 anos, onde é representada toda a mudança de lar, língua e cultura. Marji então alcança a sua maturidade muito cedo, convivendo sozinha e percebendo suas experiências não tão positivas, que foram capazes de levá-la ao perigo do cotidiano. A História em Quadrinhos é dividida em três aspectos, a ída para Áustria, a experiência na Áustria e volta para o Irã.

Ademais, mundo a fora essa obra de Marjane é separada em três volumes, já aqui no Brasil a Companhia das Letras preferiu adaptar apenas para um volume único, o que foi bem mais viável para os leitores. Em relação a edição, posso constar para vocês que está impecável, eu sou bem suspeito para falar sobre HQS, já que eu sou extremamente apaixonado, e bom, com este não foi diferente. Além de apresentar algo mais em preto e branco para ser fiel a narrativa, os traços são simples, mas bem chamativos. "Persepólis" também é apresentado como adaptação cinematográfica, então pra quem se interessar ainda mais sobre essa história de opressão e luta, fica aí a dica.


Em suma, a obra é reflexiva, instigante, interessante e criativa. A autora realmente me mostrou que a realidade ocorrida na época foi monstruosa, mesmo que, em algumas ocasiões ela leve bastante o humor e o sarcasmo. É uma leitura necessária, que abre novos horizontes, inclusive a respeito de questões políticas - pois é, saiba bem em quem você está votando, antes que faça uma calamidade no país -.

Um comentário

  1. Olá
    Essa é a HQ que mais tenho vontade de ler. O lance com o véu e vestimenta das mulheres em geral após essa "revolução" lembra muito O conto da aia.

    Vidas em Preto e Branco

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