Um acordo e nada mais

Agora que estou FINALMENTE de férias, vou encher o blog de postagens...hihi'
Novamente, o Milkshake de Palavras ficou um pouco abandonado, mas temos boas justificativas: os meninos (Luan e Heitor) estavam se preparando para os vestibulares (e já adianto que arrasaram!), e eu estava atolada com a faculdade e o trabalho, então acabávamos postando pouquíssimas coisas por aqui, e nem tínhamos tempo de visitar outros blogs :/ MAAAAS, porém, contudo, entretanto... Dezembro começou (meu mês favoritoooo!), e com ele chegaram minhas comprinhas da black friday e alguns livros de parceria que estou doida para mostrar à vocês!
Bora? Comecemos com Um acordo e nada mais, da Mary Balogh, publicado pela editora Arqueiro ♥


Título: Um acordo e nada mais
Autora: Mary Balogh
Tradução: Livia de Almeida
Editora: Arqueiro (cortesia)
Páginas: 304
Edição: 1
Lançamento: 2018
Série: Clube dos Sobreviventes #2
Sinopse: Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.
No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento. Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.

Resenha

Após a morte do pai, que morrera num duelo contra um marido traído, Sophia foi obrigada a morar com a tia, que nem mesmo reconhecia sua existência. Quando essa tia morreu, acabou tendo que morar com seus outros tios, que tinham uma filha: Henrietta. Mas assim como acontecera antes, Sophia mal era vista por eles. Possuía trapos para vestir, mal falava, mal comia, não fora apresentada à sociedade, não havia sido educada como uma dama e, para piorar, era chamada de Ratinha pelos tios. Consequentemente, Sophia não possuía expectativas de se casar com um nobre, ou com qualquer outro; diferente da prima, que mirava muito alto.

Isso muda quando o visconde de Darleigh, Vincent, volta para sua casa no campo em Barton Coombs fugindo da mãe e das irmãs mais velhas, que queriam que ele se casasse logo. Vincent era famoso ali não só por ser um visconde que outrora havia aprontado muito, mas também por ter ficado cego em batalha. E também por ser lindo!
Quando Henrietta arma uma cilada para fazer Vincent se casar com ela (um homem rico, com título e cego!), Sophia acaba entrando no meio para salvá-lo, e como consequência, é expulsa da casa dos tios. Sentindo-se um pouco culpado, agradecido e inspirado, Vincent lhe oferece um acordo: o casamento.

Negligenciada pela família desde que o pai morrera, Sophia encontrara nos desenhos um escape da solidão e da dor de ter sido abandonada tantas vezes: ela fazia caricaturas sarcásticas de acontecimentos e pessoas que conhecia, e essa foi uma das coisas que admirei nela: a criatividade e a capacidade de ver algo bom e divertido nas coisas que aconteciam com ela. Quando aceitou o pedido de Vincent, não estava certa de que tinha algo a dar a ele: era pobre, considerava-se feia e não tinha nada a oferecer. Ele, do contrário, lhe daria um título, uma casa e muito dinheiro. Mas, novamente, a criatividade de Sophia me surpreendeu, e seu desejo em ajudar o marido com suas dificuldades superou tudo!

[...] E também a abraçara. Tinha sido o mais incrível de tudo. Deixara o corpo inteiro junto ao dela. E, embora Sophia tivesse ficado totalmente perplexa diante daquela masculinidade musculosa, também ficara deslumbrada – ah, totalmente deslumbrada – por ser simplesmente abraçada. Como se ele se importasse. Como se de alguma forma ela fosse importante para ele. Como se ela fosse alguém. – página 90

Por mais que romances de época sejam sempre MUITO parecidos e a gente sempre saiba o que vai acontecer no final, essa série traz algo diferente e especial: as protagonistas possuem algum tipo de deficiência física! Vincent era cego, e eu nunca havia lido um romance de época em que o mocinho fosse cego, e vê-lo se tornando independente, ao mesmo tempo em que ia se apaixonando por Sophia e desejava que ela nunca fosse embora (fazia parte do acordo) me fez torcer muito por eles! Ainda assim, algumas de suas atitudes me irritaram um pouco, assim como as de Sophia. Ambos estavam apaixonados, ambos queriam dissolver a parte do acordo que dizia que deveriam se separar após um ano, mas não havia diálogo entre eles sobre isso, então ficavam sofrendo sozinhos e achando que o amor não era recíproco. Isso basta para deixar uma romântica incorrigível irritada.

Ela se levantou com relutância, aproximou-se e atendeu o pedido. Quando ele levantou a outra mão, ela pousou a mão direita sobre ela. Os dedos dele se fecharam nas duas mãos, quentes e fortes. Então ele se abaixou sobre um joelho. Ele abaixou a cabeça sobre as mãos dela.- Srta. Fry, me daria a grande honra de se casar comigo? Daria a nós dois a chance de realizar nossos sonhos? – páginas 73 e 74


Além disso, a escrita da autora se tornou um pouco cansativa em alguns pontos – talvez por eu estar me irritando um pouco com as personagens...hihi -, então eu acabei desanimando em alguns momentos e deixando o livro de lado. Entretanto, não nego que foi uma leitura única e bem diferente, na qual a autora mostra que, mesmo naquele tempo, era possível ser cego e ainda assim ser um cavalheiro com títulos, uma propriedade adaptada e um amor verdadeiro.
Estou ansiosa para ler os outros livros da série (por algum motivo comecei pelo segundo) e ver como os outros Sobreviventes encontrarão seus amores!


13 comentários

  1. Guria, estou que nem você: FINALMENTE de férias e também pronta para postar muito. Meu blog andava meio paradinho. :/ rsrs
    Eu amei esse livro, como você disse, ele é diferente dos romances de época, e eu adorei que a autora colocou um personagem cego.
    beijos

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  2. Oi, Dryh!
    Por mais que você tenha dito que romances de época sempre são um pouco clichês e eu até concorde com isso, esse também me chamou a atenção pelo mocinho ser cego. Além disso, fico pensando que todas as perdas que Sophia já passou poderiam fazer com que eu me comovesse com a história dela. Sua resenha está ótima e me animou em ler o livro. Beijos!

    Jéssica Martins
    castelodoimaginario.blogspot.com

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  3. Oie, que bom que o blog vai voltar a ativa! Dezembro também é meu mês favorito, principalmente por conta das férias haha esse é um romance de época que nao sinto a minima vontade de ler, e com a sua resenha creio que eu também me irritaria com alguns personagens ahha

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  4. Olá, tudo bom?
    Li esse livro há uns meses e o que te irritou foi algo que justamente me fez achar os personagens bem humanos. Quantas vezes não deixamos de perguntar algo ou protelamos uma conversa por medo das respostas que teremos? rs Não sei, isso me passou bem a insegurança de duas pessoas que estavam se apaixonando pela primeira vez. Mas essa é a magia da leitura né? Cada um ter uma visão ♥
    No geral eu gostei pra caramba desse livro e também foi meu primeiro contato com um protagonista de época cego. Mal posso esperar pelos outros livros dessa série.
    Beijos!

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  5. Olá, tudo bem Dryh?

    Eu (Yvens) ainda não li os livros da Mary Balogh, conheço boa parte deles por solicitar para a colaboradora Grazy e também por ler eventualmente algumas resenhas em outros blogs e confesso que tenho curiosidade em conhecer a escrita da autora. Gostei da sua resenha e também do fato de ter selecionado algumas citações para nós.
    Abraço!

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  6. Oi! Gosto desses romances que começam com um acordo, depois o interesse de um pelo outro vai surgindo aos poucos, vão se conhecendo e até mudando para melhor, nada daquela pressa desesperada. E parece que ambos conquistam o leitor fazendo com que torça por eles. Os protagonistas são cativantes e possuem uma química palpável.

    Bjoxx ~ www.stalker-literaria.com ♥

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  7. Eu já tinha lido uma sinopse sobre esse livro e já tinha gostado... Mas depois de ler a sua gostei ainda mais... Apesar de você ter dado nota 3/5, eu consigo dar uma chance para essa leitura... Ansiosa. Beijos

    Nara Dias
    Viagens de Papel

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  8. Ola lindona... ando mejo saturada de romance de epoca justamente por essa semelhança toda que existe entre eles. Achei muito interessante a historia desse livro e amei a sua resenha extremamente detalhada e explicativa.

    Beijao

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  9. Acho que a peculiaridade do mocinho é o que mais me aproxima desta leitura porque acho que a superação nunca é muito trabalhada em romances de época. Li muitas resenhas elogiosas deste livor e a sua foi a mais contida, mas ainda assim, quero muito ler.
    Beijos

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  10. Eu sou apaixonada por romances de época e estou bem curiosa para realizar a leitura deste livro, acho que vou gostar bastante e ficar ansiosa para os próximos volumes também. Adorei a sua resenha e poder conhecer um pouco mais sobre a trama.

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  11. Oi, tudo bem?
    Que pena que a leitura tenha te irritado um pouco. Eu concordo que faltou diálogo entre os personagens, mas isso não chegou a me incomodar, pois fazia sentido considerando a personalidade de ambos e o contexto em que viviam. Ambos estavam acostumados a não falarem sobre seus sentimentos, principalmente a Sophia, então, achei natural que demorassem a se abrir um com o outro.
    Confesso que gostei muito mais desse do que do primeiro, cujo romance não me convenceu. Porém, espero que você tenha uma experiência melhor do que a minha e já estou ansiosa para ler os próximos volumes da série.
    Beijos!

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  12. Realmente os romances de época sempre são clichês, mas gostei deste trazer pessoas com algum tipo de deficiência é algo sirreal e magnífico. Não conhecia a série, mas pretendo ler com os pontos positivos que você trouxe.

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  13. Olá Dryh!!!
    Assim que iniciei sua resenha pensei assim: "Olha mais uma Cinderela da vida"!!! Não deu pra eu não comparar a nossa rata borralheira com a ratinha da história.
    Realmente histórias de época são previsíveis, mas sou uma romântica e amo as mesmas de uma forma que nem eu entendo de fato.
    O primeiro livro já estava adicionado na minha lista de leitura, mas acabo de acrescentar o segundo rsrsrs

    lereliterario.blogspot.com

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Oiê! Muito obrigada por passar por aqui, deixe um recadinho com o link do seu blog e a gente dá uma passadinha lá mais tarde :)

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