Robocop

Lançamento: 21 de fevereiro de 2014
Dirigido por: José Padiha
Com: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton,
Gênero: Ação, Ficção científica
Nacionalidade: EUA
Sinopse: Em um futuro não muito distante, no ano de 2028, drones não tripulados e robôs são usados para garantir a segurança mundo afora, mas o combate ao crime nos Estados Unidos não pode ser realizado por eles e a empresa OmniCorp, criadora das máquinas, quer reverter esse cenário. Uma das razões para a proibição seria uma lei apoiada pela maioria dos americanos. Querendo conquistar a população, o dono da companhia Raymond Sellars (Michael Keaton) decide criar um robô que tenha consciência humana e a oportunidade aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, deixando-o entre a vida e a morte.

O filme já começa nos mostrando quão influente é os Estados Unidos, principalmente quando se trata de impor leis e enviar suas tropas á países como Afeganistão, Iraque e Vietnã. Num futuro não tão distante, mais ou menos em 2028, os EUA ainda continuam "no poder", fazendo o que bem entendem achando que podem mandar em no mundo todo, e não estou errada quando digo que é isso o que vai acontecer.

Com o avanço da tecnologia, os Estados Unidos pararam de enviar soldados para os países orientais, e começaram a enviar máquinas, robôs. Elas são imunes á armas, e são mais eficientes, mas não tem sentimentos, o que significa que atacariam até mesmo uma criança sem sentir remorso mais tarde, e é exatamente isso o que acontece.

Ainda consigo me impressionar com a ambiciosidade do ser humano, principalmente quando poder e dinheiro vem juntos no pacote. Os donos da OMNICORP, empresa que criou os robôs, só pensam em dinheiro, não querem nem saber quantas pessoas vão morrer por isso ou se estão tirando a humanidade que ainda restava em Alex Murphy.

Alex é um policial comum, ou pelo menos, era. Durante uma missão, da qual não obteve sucesso, ele fez um inimigo, que acabou se vingando dele. Alex sofreu um acidente, teve queimaduras de quarto grau em grande parte do corpo, além de acabar surdo e cego. A OMNICORP viu nisso uma oportunidade de mudar a opinião dos americanos, que ainda temiam máquinas no lugar de policiais, e acabaram obtendo sucesso.

Um homem-máquina, eficiente, rápido, e ainda por cima, com emoções. Uma "máquina" assim não mataria nem mesmo atacaria crianças, diferente de uma máquina qualquer. A empresa então começou a procurar policiais que ficaram feridos em combate para "transformá-los" no projeto que eles tanto sonhavam, até que surgiu Alex.

Como não haviam escolhas, Clara, esposa de Alex, acabou aceitando o acordo, e Alex se tornou um Robocop.

Mas é claro que isso tudo não seria de graça, afinal, qual o sentido de investir milhões de dólares num homem que ficaria em casa com a família? Fiquei chocada quando vi quão cruel pode ser um humano. 

O Dr. Norton era quem cuidava de Alex, e mesmo que ele tenha sido um completo idiota, é um personagem impossível de se odiar.

Alex virou uma espécie de rastreador, andava pelas ruas procurando criminosos que estavam no banco de dados da polícia, nada mais. Ele era apenas uma propriedade, inclusive retiraram suas emoções, transformando-o numa verdadeira máquina. Alex foi afastado da família, e começou a ser controlado pela máquina.

O filme ainda nos mostra o quanto a imprensa omite, principalmente quando é algo que possa ser usado contra o governo, é tão fácil assim manipular as pessoas? Até onde vai o livre arbitrio?

Tive uma discussão com o colunista e amigo Heitor (que também viu o filme) sobre o que aconteceria no final do filme. É claro que não vou dar spoillers.

Alex poderia controlar a máquina e voltar para sua família, ou o desligariam assim que pensasse em "violar" os comandos? Ele se tornaria independente da OMNICORP ou continuaria sendo uma propriedade deles?

O filme é muito bom, tem bastante ação (coisa que eu amoo!♥) e não é cansativo. Alex é um personagem incrível e impressiona bastante. O filme é dirigido por José Padiha, ele fez um ótimo trabalho, mas ainda sinto que faltou alguma coisa para o filme ser nota 10.

Nota: 9,5

MilkMilks