O arquiteto do esquecimento

Hey pessoas, tudo bem com vocês?

Trouxe mais uma resenha, mais uma nacional. Li esse livro há algum tempo e fiquei de postar a resenha, mas aí outros livros foram passando na frente e O arquiteto do esquecimento acabou ficando para trás, mas aqui está ela! É um livro muito bom, não sei se a resenha conseguirá dizer tudo o que vi e entendi no livro, mas espero que gostem ^^

Titulo: O arquiteto do esquecimento

Autor: Marcos Bulzara

Editora: Life

Páginas: 470

Edição: 1

Lançamento: 2010

Sinopse: Conheça a impressionante história de Doran Visich. Ele sobreviveu milagrosamente aos campos de concentração nazistas e transformou-se no gênio por trás da maior criação da indústria farmacêutica mundial: uma droga capaz de apagar a memória humana. Mesmo depois de vencer inúmeras barreiras, ganhar milhões e conquistar posição de destaque no mundo da ciência, ainda existe uma culpa que o prende ao passado e o impede de ser feliz. Até o dia em que ele finalmente conhece a verdade que buscou por mais de cem anos! O Arquiteto do Esquecimento revela uma trama visceral e emocionante. Você será arrebatado numa história de ódio e perdão; de perseverança e resgate; de esperança e salvação.

Comecei a ler esse livro no inicio desse ano, mas parei logo depois, voltando a lê-lo só agora, no fim de 2013. O começo do livro não me prendeu, e alguns erros me deixaram ainda mais desanimada para ler. A história começa com Doran já em seu leito de morte, e só depois, volta no tempo, contando desde sua infância na Polônia até os dias mais difíceis de sua vida, quando ele foi capturado e jogado em campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial.

Doran Visich era só mais um judeu polonês vivendo sua vida num vilarejo próximo á Gniezo, mas diferente das outras crianças, que tinham certa dificuldade em aprender, Doran era muito inteligente, e quando digo muito, quero dizer muuito mesmo. Ele decorava fórmulas de química e física em dias, e lia todos os tipos de livros que lhe davam, até sua professora tinha certa dificuldade em criar exercícios para que Doran aumentasse ainda mais seu conhecimento.

Doran tinha dois irmãos, mas o livro é mais focado em Constantine, sua irmã mais nova, por quem ele tem um carinho muito grande, e também uma culpa que o consome por dentro desde criança. Quando finalmente chega o ano de 1945, Doran acaba sendo capturado pelos nazistas, e tem sua família destruída. Torturado dia após dia, Doran passa pelos piores anos de sua vida, até que vê uma luz no fim do túnel.

Doran é um dos personagens mais fortes que eu já vi, e fiquei muito impressionada com ele, muito mesmo. Ele enfrenta a situação toda de uma forma que eu nunca tinha visto antes, não abaixava a cabeça para os soldados “nazis” como os outros judeus faziam, era como se ele estivesse dizendo que mesmo estando preso, nunca pertenceria áqueles homens. Foi impossível conter a emoção que me tomou quando fechei o livro, e mesmo sabendo que o livro acabaria daquele jeito, fiquei surpresa com o final.

Por sua inteligência, Doran acaba trabalhando com o Sr. Gunther, um cientista gorducho respeitoso com muitos segredos, e eles acabam se tornando amigos. Eles trabalhavam numa droga nova, que traria amnésia á quem a ingerisse, e só ficamos sabendo disso lá pela metade no livro. O autor consegue fazer certo mistério ao mencionar essa droga nas primeiras páginas do livro e só nos contar para quê ela serve bem depois.

Detalhe por detalhe, Marcos Bulzara nos deixa a par da vida de Doran, que alguns anos depois de escapar dos nazistas, acaba conhecendo Isabel, uma moça por quem ele acaba se apaixonando aos poucos, e com quem constrói uma família. Isabel é uma personagem que eu gostei bastante, mas não mais que Constantine (a irmã). Mesmo aparecendo pouco, Constantine me conquistou pelo seu jeito meigo de ser, e também pela coragem ao sobreviver.

Confesso que não esperava tanto do livro, Marcos Bulzara me impressionou bastante com O arquiteto do esquecimento. É um livro que vale a pena ler, e uma história que vale a pena conhecer.

MilkMilks

Dryh Meira