Homofobia

Oie pessoal, tudo bem com vocês?

Acho que nunca postamos nenhum texto como este que vocês verão abaixo, mas estaria mentindo se dissesse que nunca escrevi nada parecido. Sempre gostei de escrever, e quando começaram os protestos de 2013 (tarifa de ônibus, saúde, educação, respeito), escrevi ainda mais, tanto que meus dedos começaram a doer, mas logo depois, parei. Estou escrevendo hoje porque estou revoltada, normalmente é por esse motivo que escrevo, e é por isso que estou escrevendo hoje.

Tecnologia, uma ferramenta que nos deixa cada dia mais conectados e que continua nos levando para a frente, podemos fazer coisas que antes levavam anos para serem feitas, podemos falar com pessoas que estão em continentes diferentes e receber uma resposta em segundos, mas será que isso significa evoluir? Ou é só mais um jeito de manipular as pessoas e usá-las? Ando pensando muito nisso ultimamente, quando vejo que a maioria das pessoas não estão nem aí para nada, só querem chegar em casa e descansar, ou entrar nas redes sociais. É tão fácil manipular e ser manipulado nos dias de hoje, podemos escrever um artigo e mudar a opinião de dezenas, talvez centenas de pessoas, mas assim como a tecnologia é manipuladora, ela também é libertadora.

Já viu alguém se assumindo virtualmente? Eu já, e foi o ato mais corajoso que eu já vi. Ser criticado não é fácil, julgado ainda pior, mas como podemos classificar aquele ser humano que é diferente e que sofre ofensas todos os dias, virtualmente e pessoalmente, por pessoas com "cérebros pequenos", só por ter uma opção sexual diferente? Homossexual, Transexual, Bissexual, isso é crime? Não, crime é olhar e falar com essas pessoas como se elas fossem animais de outra espécie (afinal, todos somos animais), ou pior, ofendê-la.

Muitos se dizem "homofóbicos" por causa da religião, como se a igreja ou mesmo deus estivesse o tempo todo dizendo que ser gay é errado, que é coisa do demônio ou sabe-se-lá-o-quê, e realmente, muitas vezes a igreja enche a cabeça das pessoas com essas ideias, e talvez eu não seja a pessoa certa para falar sobre isso neste aspecto, uma vez em que não acredito em deus, (por isso o "d" minúsculo) e não acho que a igreja, no geral, seja a melhor influência, mas ainda assim tentarei dar minha opinião sem ofender ninguém.

Ser gay não é um crime, não é uma escolha. Ser gay não é errado, ser gay não vai te mandar para o inferno, não vai contra as leis, (a não ser que você more na Rússia), ser gay não faz de você um monstro, nem mesmo um demônio.  Assim como as outras pessoas, você amará, mesmo que seja uma pessoa do mesmo sexo.

Sempre fui à favor de pessoas homo/bi/tran/etc, (na verdade um dos meus sonhos é ter um melhor amigo gay *-*), mas a minha "revolta" apareceu quando conheci a página no facebook Mulheres que não sabem chorar, livro da Lilian Farias. Uma parte das fotos e mensagens postadas na página eram criticadas em nome de "deus" por um homem que chegou a dizer ser um "profeta", claro que essas críticas vinham banhadas de ofensas á autora, ao livro, que conta a história de duas mulheres que se amam, e á todos que acompanham a página.

Nunca tinha ouvido falar do livro Mulheres que não sabem chorar, mas pode-se dizer que ele está em primeiro lugar na minha lista de desejados, pois é o livro que eu sempre quis ler, um livro que fala sobre um "amor errado", preconceito, amor, homofobia, amor... É simplesmente O livro. Nunca parei para pensar no que as pessoas sentem quando sofrem homofobia, mas sei que não é fácil. Infelizmente nem todo mundo sabe respeitar a opinião e escolha dos outros (apesar que opção sexual não é escolha). Fico indignada ao ver o quanto a humanidade retrocede, ás vezes nem parece que estamos no século XXI. É tão difícil aceitar um casal de mulheres com uma criança, ou simplesmente um casal do mesmo sexo?

"Não tente me prender nessa senzala social; eu escolhi sair dela há muito tempo!"

Lilian Farias

"Todo ser humano tem o direito de ser quem ele quiser ser, a sociedade cria estereótipos na sua cabeça, e impõe você a aceita-los, mas quem disse que você é anormal? Podemos decidir nossa personalidade e quem queremos ser, porém com respeito a todos, sem respeito não há escolha, há apenas ignorância."

- Heitor Botti

"Foda-se a sociedade, eu vou ser quem eu quiser. Não me importo com o que os outros pensam, só quero que me respeitem. Por quê cada um não cuida da sua vida? Precisamos mesmo ficar prestando atenção em quem os outros estão beijando ou namorando? Sim, eu sou diferente, eu quero ser diferente. Pode-se dizer que sonho com revoluções, ou que penso ser revolucionária, mas pelo menos não sou manipulada pela mídia, tenho opinião própria, e seria ÓTIMO se todo mundo fosse assim." - Dryh Meira

Quando duas mulheres se apaixonam, você deve parar para ler! 

Mulheres Que Não Sabem Chorar conta a história de duas pessoas que se reconhecem como mulheres e que se amam em toda a sua plenitude. Desse amor renascem sentimentos que outrora fora reprimidos: dores; curas e anseios sobre o próprio amar e ser amada. Duas mulheres que precisam quebrar o pior e mais severo dos preconceitos: aquele que habita em nossas entranhas!
Mais que uma relação homoafetiva, Mulheres que não sabem chorar nasceu dos meus 40 dias no deserto, durante todas as privações e isolamentos sociais. O deserto me ensinou a recolher e emanar as minhas ancestrais para me dar vida própria e encarar o mundo, depois soprei nas palavras da vida, que pulsava nas minhas veias, a força de Ísis.

Skoob

MODO Editora Tradicional

Em apoio á Mulheres que não sabem chorar.

MilkMilks

Dryh Meira