Eu nunca

Oiee pessoas <3
Ontem eu finalizei a leitura de Eu nunca, das autoras Josy Stoque e Mila Wander - livro que eu já estava querendo ler há tempos - e antes de irmos à resenha, gostaria de adiantar que já peguei a continuação na Amazon e devo começá-la ainda hoje! Das autoras, também já resenhei Proteja-me <3

Título: Eu nunca
Autoras: Josy Stoque e Mila Wander
Editora: Independente
Páginas: 322
Lançamento: 2016
Sinopse: O que você faria se dividisse um prêmio de trezentos milhões de reais com um desconhecido?Pauline de Freitas Dias, uma mulher bem-resolvida que ama viver a liberdade plena, sabe exatamente o que fazer! Ela já tinha em mente o itinerário da viagem mais incrível de sua vida antes mesmo de apostar. Sua empolgação ao falar dos destinos mais inusitados da lista contagia o tímido Joseph Ayres, com quem literalmente esbarra na fila da lotérica. Ele é convencido a jogar pela tagarelice sem fim da doidinha, mesmo que relute devido aos seus princípios rígidos. O destino faz com que marquem os mesmos números e ganhem uma bolada inédita! Animada com a sorte dupla, Pauline convida Joseph para acompanhá-la em uma aventura pelos lugares mais exóticos do país. De cara, percebem o quanto são diferentes: ela é uma paulistana completamente liberal e ele é um mineirinho virgem que acabou de ser enxotado pela noiva. Disposta a fazer Joseph se permitir de verdade, Pauline estipula três regrinhas antes de iniciarem a viagem:
1) nada de usar o celular,
2) experimentar tudo o que puderem e
3) não se apaixonar.
Ambos têm muito dinheiro para gastar e nada a perder, mas não podem prever que essa experiência única se tornará a mais louca de suas vidas, principalmente quando começam a quebrar as regras, uma por uma.
Resenha

Joseph, mineiro morador de Itaú de Minas, tinha um único objetivo: continuar trabalhando para construir sua casa, onde poderia morar com sua noiva, Laurene, e construir uma família. Religioso, ele era um filho quieto, tímido e um pouco retraído, sempre ouvindo o que sua mãe tinha a dizer e contentando-se com o sonho da casa e o casamento com a noiva/namorada de 10 anos... E também era virgem, sempre recusando as investidas da noiva, pois queria esperar o casameto. Até o dia em que, após uma discussão, eles acabam terminando, e Joseph se vê perdido. Se não tinha mais o noivado com Laurene, qual era o sentido?

Pauline estava animadíssima com a mudança para uma cidade pequena. Ela adorava São Paulo, mas também adorava aventuras e coisas novas, e o emprego em Itaú de Minas prometia muito. Na fila da lotérica ela conhece Joseph, um rapaz que parecia extremamente triste e tímido, e tagarela como era, Pauline começa a falar. Ao jogar, Pauline tem certeza absoluta de que vai ganhar, e já tem planos para o dinheiro: destinos pelo Brasil todo que ela sonha conhecer, e como a mulher independente, contagiante e bem resolvida que é, convida aquele desconhecido tímido para ir com ela, por que não? O que ela não esperava, porém, é que sua animação realmente fosse contagiar Joseph, e que acabariam jogando os mesmos números e, pasmem, ganhando!

O que eles fazem? Oras, saem viajando pelo Brasil (que sonho!) juntos, afinal, o que mais Joseph poderia fazer? Ao tentar contar aos pais que era o ganhador da loteria, ambos falam sobre como é pecado ter tanto dinheiro e por aí vai, e ele acaba desistindo. Laurene não estava mais em seus planos ou em sua vida, e por que não aceitar o convite da doida tagarela da Pauline e ir com ela? O que ele tinha a perder? Já adianto que nada, aliás, ele tinha era muito a ganhar! Ambos tinham!

Ai gente, estou completamente apaixonada por esse livro! Ver a maneira como Joseph vai se soltando aos poucos, deixando para trás as amarras que lhe foram impostas - mas nunca deixando de lado sua religião, suas crenças - foi incrível, e mais incrível ainda foi ver que não só ele se deixou envolver por Pauline, como o contrário também aconteceu. No início, quando vão começar a viagem, ela deixa bem claro que ele não pode se apaixonar por ela, mas como nem tudo o que é planejado dá certo, a gente já imagina que vai ter um romance lindo e bem quente <3 

Ainda penso nos milhões que estão na minha conta, na Pauline, no meu juramento, na minha vontade absurda de ir embora, de tentar encontrar o que eu nem sei que procuro em outro horizonte. A realidade é que nunca imaginei que eu quisesse mais do que já tenho. Mas eu quero. Eu não amo a minha vida do jeito que está. Não tenho mais emprego, noiva ou expectativa. Só tenho um juramento, o desejo de gritar alto no Monte Roraima, de conhecer o maior tobogã do mundo... E por aí vai. A lista só aumenta, não posso negar.

Uma das coisas mais lindas deste livro, é poder acompanhar o descobrimento de Joseph em relação a muitas coisas. Ele continuou com sua religião e suas crenças, porém, se soltou, não se deixou prender porque tudo parecia pecado, como sua mãe sempre dissera. Joseph continuava grato pelas coisas que tinha, continuava rezando e crendo em seu Deus, e de alguma maneira, levou isso a Pauline também. Mas perceber as diferenças entre o Joseph do começo do livro e o do final é muito bom, apesar de eu não ter gostado das decisões dele - mas vem ai o segundo livro e vamos ver no que dá. Ele se permitiu conhecer coisas novas, se permitiu viver experiências que jamais imaginara que seria possível viver, e não é assim que a vida deve ser?

Pauline, ai gente! É impossível não rir dela, das coisas que fala e do jeito como age em determinadas situações, e também é impossível não desejar ser um pouco como ela é. Pauline se ama e se aceita completamente, deixa-se ser livre para fazer o que quiser sem se importar com julgamentos, e por mais que ela seja bastante impulsiva e um pouco assustadora também (Joseph às vezes não sabe onde enfiar a cara), não dá para ignorar o quanto ela cuida dele, o quanto deseja que ele se solte e se deixe simplesmente viver, porque Joseph nunca fez isso, nunca viveu, sempre fez o que os outros esperavam que ele fizesse, e agora finalmente ele pode, junto a ela, escolher qual o próximo destino, qual a próxima aventura.

Pauline puxa a minha mão e eu não tenho outra opção a não ser desejar amargamente acompanhar o mesmo sol que acabei de ver se ponto, como se fosse a última vez, renascendo em mais um lugar perdido do mundo. E que assim seja para todas as coisas boas que existem. Renascer é a palavra.

O livro é narrado pelos dois, então nos deparamos com os dois pontos de vista, o que é muuuito bom (até mesmo quando eles sentem coisas e não falam para o outro, deixando a gente bem irritadx porque tudo poderia ter sido resolvido com comunicação, mas não é assim mesmo que acontece?) porque podemos acompanhar não só a evolução e o amadurecimento de cada um pelo próprio ponto de vista, mas também pelo do outro. Eu estava doida para que eles "ficassem" logo juntos, se é que me entendem (hehe), mas também torcia muito para que percebessem que não tinha jeito de aquele relacionamento continuar só na amizade.

Com os olhos marejados, me volto para meu companheiro de viagem, que paira ao meu lado como se flutuasse. Um anjo, meu anjo, bonito, tímido e discreto. Ele me fita, permitindo-me que veja a comoção que também o toca e sorri torto, meio sem jeito, mas tão lindo como nunca. Correspondo, encantada, e ambos procuramos as mãos um do outro, mas não paramos por ai. A gente se abraça, assim como o mar faz com o sertão. Meu coração bate forte no peito, tenho certeza de que Joseph pode sentir. Eu me deixo estar nos braços do meu oceano, sentindo brotar no meu deserto interior um oásis.

Vou começar a ler Eu sempre hoje mesmo, pois estou DOIDA para saber como essa história vai continuar <3
Ai gente, não tem como não se apaixonar por esses dois, não tem como não sentir invejinha por terem ganhado tanto dinheiro e a oportunidade de conhecer cada cantinho da imensidão desse nosso país, e não tem como não torcer para que consigam resolver o que ficou pendente e ficarem, finalmente, juntinhos!

4 comentários

  1. Queria tanto estar no lugar dos protagonistas!kkkkkkkkk

    Fiquei curiosa sobre a história, um mocinho que foge ao padrão que vemos nos romances e uma mocinha que me causa admiração por ser tão livre, por não se importar com a opinião dos outros. Eu queria muito ser assim!

    Torço para que eles não fiquem na amizade, para que combinem, que fiquem bem juntos!

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  2. Oie, tudo bem? Ah, que enredo mais cativante. Me fez lembrar um pouco aquele filme com o Asthon Kutcher e Cameron Dias se não me engano. Eles também ganham dinheiro mas são dois desconhecidos. Imagina ter que dividir um prêmio tão valioso com alguém que não conhece? Muito trabalho pela frente (risos). Fiquei curiosa para saber a continuação. Um abraço, Érika =^.^=

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  3. Oie, tudo bem;/ Eu conheço a Josie, já li algumas obras dela, e apesar de não serem meu gênero preferido, gosto bastante. Esse está na lista, mas ainda não li. Quem não queria ter a oportunidade de conhecer tudo, né? Mas eu não sei se iria com alguém...

    ;)
    Nelmaliana Oliveira
    Profissão: leitora

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  4. Olá, eu estou de olho nesta história bastante tempo também, as autoras são muitos elogiadas no meio literário e é meio impossível não querer ler algo delas em algum momento. Achei a premissa tão gostosinha, além de ter adorado essa inversão dos papéis aos quais estamos tão acostumados. Adoraria acompanhar essa mocinha decidida e (me parece) divertida, bem como o desabrochar de Joseph. No mais, fico contente que ele tenha conseguido se soltar das amarras e manter suas crenças.

    Abraços!

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