O que eu vou fazer na "quarentena"

Oiee pessoas, tudo bem?
O que andam fazendo nessa "quarentena"? Eu, de início, fiquei bastante ansiosa porque não gosto de não ter o que fazer, estou no penúltimo semestre da faculdade e estou fazendo o TCC, estágio e tantas outras coisas, e comecei a entrar em pânico por imaginar que não conseguiria finalizar nada até o fim do semestre, mas respirei fundo e comecei a criar uma rotina.
Antes de mais nada, como uma boa capricorniana obcecada por ler e estudar, procurei cursos online e gratuitos relacionados às minhas áreas de interesse - psicologia, educação, letras - e selecionei alguns livros que quero ler até o fim desse isolamento social, cuja data ainda não foi definida. Mas creio eu que ainda ficarei em casa até o final de abril, no mínimo, então haja tempo de sobra para ler tudo o que ainda quero.



LIVROS LIDOS
Confesso que estou um pouco enferrujada em resenhar, pois já faz algum tempo que leio livros e acabo não resenhando-os, então optei por fazer mini resenhas, por enquanto, dos dois livros que eu li no mês de março:

O primeiro livro que eu li, desde que parei de sair de casa (18 de março), foi Aos dezessete anos, da Ava Dellaira. Aos dezessete anos (@ava.dellaira @editoraseguinteoficial) traz as histórias de Marilyn (mãe) e Angie (filha). Marilyn no passado, quando tinha 17 anos e viveu um amor intenso, e Angie no presente, também com 17 anos, tentando descobrir se seu pai está vivo. A mãe sempre disse que ele havia morrido junto com seu irmão mais novo, mas agora Angie descobriu que seu tio pode estar vivo, e parte para Los Angeles com Sam, seu ex namorado, para procurá-lo e descobrir se existe a possibilidade de sua mãe também ter mentido a respeito da morte de seu pai. 
O livro intercala as duas histórias, então vamos acompanhando a busca de Angie ao mesmo tempo em que acompanhamos os meses que mudaram a vida de Marilyn. Sua mãe que adorava impor os próprios sonhos na filha (vai ser uma atriz famosa e comprar uma mansão) e morando no apartamento do tio alcoólatra e viciado em jogos onlines, tudo o que ela queria era ir para uma faculdade longe dali e tomar o rumo da própria vida, e então ela conhece James e sua família (amorosa, aconchegante), que o tio odeia, aliás, e vai descobrindo que ir embora sozinha não é o único caminho possível.
Gostei bem mais dos capítulos sobre a Marilyn do que os da Angie, são mais intensos e mais cheios de mistério, porque são eles que têm as respostas sobre o passado de Angie, mas é claro que no final eles acabam "se encontrando", pois ambas têm assuntos comuns a resolver.
Livro maravilhoso, emocionante, triste, apaixonante, com leitura fluída e escrita gostosa de se ler. O final poderia ter sido um pouco melhor, me decepcionou um pouco, por isso não leva a nota máxima.
Nota: 🥤🥤🥤🥤

*

O segundo livro lido foi O jogo da mentira  (@editorarocco, @ruthwarewriter) traz a história do quarteto de amigas Isa, Kate, Thea e Fatima, que com 14/15 anos estudavam juntas na Salten House, uma espécie de internato no povoado inglês de Salten.
Ao longo do ano letivo, fugiam pelo telhado e iam até a casa de Kate, ali no mesmo povoado: o moinho que ficava a beira do rio Reach. O pai de Kate, Ambrose, era professor de arte na escola e não se importava com as escapadinhas das meninas, o que era um dos motivos pelos quais gostavam tanto dele.
Muitos anos depois, Isa tem uma filha de seis meses, Freya, mora em Londres com Owen e não fala com as amigas há tempos, até que todas recebem uma mensagem de Kate: Preciso de vocês.
Isa pega a filha, fala para o marido que vai passar uns dias com a amiga e viaja para Salten. Chegando lá, vê que o moinho, a casa na qual passaram tanto tempo na adolescência, está afundando e sendo levado pelo rio, mas Kate se recusa a sair de lá. Quando Thea e Fatima chegam, Kate revela o motivo de ter chamado todas ali: algo de muito ruim que elas fizeram no passado está prestes a ser descoberto.
Quando jovens, as meninas jogavam um jogo que chamavam de jogo da mentira, que consistia em, basicamente, mentir para enganar outras pessoas. Se você inventava uma mentira e enganava completamente alguma pessoa, ganhava pontos. Elas achavam divertido, até que chegou no ponto em que ninguém acreditava em mais nada do que diziam, ninguém as queria perto. Mas estava tudo bem, elas tinham umas às outras. 
Ao se afastar das meninas, Isa acreditava ter deixado todas as teias de mentira para trás. Ela tinha um quase marido e uma filha, um emprego e uma casa em outra cidade, mas voltar para Salten traz de volta todo o seu passado, o que não era uma coisa muito boa. Ao longo da história, acompanhamos o passado, com as fugas para beber/fumar/conversar/mentir, e o presente, com as quatro afundadas em todas as mentiras que já contaram e morrendo de medo de terem que enfrentar as consequências. Eu não vou mentir, o único motivo pelo qual eu segui com a leitura até o fim, foi para ver se elas receberiam o que mereceram. Nossa, que horrível.
Não, horrível foi o que as quatro fizeram e o que ainda faziam mesmo depois de tantos anos separadas. Mentindo sem parar, enganando as pessoas, escondendo as coisas que faziam e não se importando com os outros no caminho. Isa praticamente abandona Owen para ir atrás de Kate, arriscando a vida da própria filha; basta uma mensagem e ela pega a filha (que em quase todas as páginas é descrita como um bebê que fica com raiva e começa a chorar e berrar para mamar o tempo todo) e vai para Salten. O que mantém a história mais ou menos funcionando é o mistério: o que foi que elas fizeram de tão ruim que está prestes a ser descoberto? Mas um leitor atento logo vai encaixar as peças e montar o quebra cabeça todo. Eu estava bastante curiosa para ler este livro porque tinha gostado de #AMulhernacabine10, mas não vou mentir: o começo foi Ok, o meio foi indo para um caminho que eu não gostei, e o final foi uma decepção. As personagens não são legais, o que elas fazem não é legal, e não dá para torcer por elas em nenhum momento, o que é um pouco difícil de acontecer, porque dependendo do autor e das personagens que elx cria, a gente até acaba torcendo pelo criminoso ou pelo vilão.

Nota: 🥤🥤
*
Para a próxima semana, quero ler alguns dos livros da Josy Stoque que eu ainda não li (me peguei com saudades das histórias dela), e também Os sete maridos de Evelyn Hugo, da Taylor Jenkins Reid.
E vocês, o que andam fazendo?

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