De olho no autor #7: Marcelo Hipólito

Oie oie pessoas, tudo bem com vocês?

Novamente o post atrasou, mas aqui está!

O autor que participará do De olho no autor de hoje é o Marcelo Hipólito, escritor de O mago de Camelot.


De uma infância pobre e sofrida à irresistível ascensão aos salões dos grandes reis; de um começo sem esperanças ao despertar de um poder inigualável e temido, Merlin vem a se tornar o homem mais influente da Idade das Trevas. Confidente supremo do rei Artur e maior conselheiro da corte de Camelot. Misterioso e enigmático. Amado e odiado. Druida, monge e mago. Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada pela queda do Império Romano à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade. A saga de um homem determinado a erigir uma civilização de paz e justiça numa terra devastada pelo caos e pela guerra irrompe em uma aventura épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia. "O druida, então, abriu um sorriso malévolo aos soldados saxões. Hengist gritava às suas tropas para se manterem firmes, mas sua vanguarda ruía à medida que um resoluto Merlin avançava, a passos largos, na sua direção. A defesa saxônica se fragmentava perante o pavor supersticioso imposto pela figura aterrorizante do druida. Face à derrota iminente, Hengist se desesperou, girando seu machado e galopando para Merlin. O druida estancou diante do ataque rápido e brutal do rei saxão. Sem tempo para conjurar um feitiço protetor, Merlin percebeu, tardiamente, a estupidez de seu erro. Em sua soberba e imaturidade, ambicionara vencer sozinho a batalha. Agora, contudo, sua queda restauraria o ânimo dos saxões, desgraçando o contingente britânico. Merlin experimentou o fragor das narinas do cavalo e o tremor do solo sob seus cascos potentes. O machado de Hengist se projetou para lhe separar a cabeça dos ombros".

MARCELO HIPÓLITO é um escritor brasileiro, nascido em São Paulo. É autor dos romances O Mago de Camelot: a saga de Merlin para coroar um dragão (Novo Século, 2013), Osíris: deus do Egito (Marco Zero, 2009) e Lúcifer: o primeiro anjo (Marco Zero, 2006).
Hipólito participa das antologias Fiat Voluntas Tua (Multifoco, 2009) e Metamorfose: a fúria dos lobisomens (All Print, 2009). Além disso, é autor do e-book Dullahan: os cavaleiros sem cabeça (Navras Digital, 2013) e coautor de diversos contos publicados em língua inglesa, nos Estados Unidos, Reino Unido e Espanha, dentre os quais se destaca Eternal Grief, indicado para melhor conto de horror nos Estados Unidos, em 2003, pelo Preditors & Editors Readers Poll.
Hipólito é também diretor de três filmes de curta-metragem de ficção, roteirista de cinema e produtor de teatro.

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Entrevista com Marcelo Hipólito

1.   Como foi seu primeiro contato com a leitura? 
M.H.: Meu primeiro contato foi na infância, quando aprendia a ler. Meu primeiro livro, dado por meu pai, foi “Marcelo, Marmelo, Martelo”. Essa foi a primeira referência literária que me recordo. Ainda que possam ter havido outras, essa ficou marcada em minha memória.

2.  Quando você começou a escrever? 
M.H.: Meu gosto literário foi influenciado pelas obras que li e os filmes que assisti, durante minha vida. Isso vale para todos os meus gêneros favoritos: fantasia, ficção científica, romance histórico...

Sempre gostei de escrever. Estudei cinema e trabalhei com roteiros de filme e TV. Porém, lenta e gradualmente, fui atraído pela ideia de passar de uma obra de criação coletiva (cinema) para uma criação de caráter mais individual (livro), que oferece um controle maior sobre o resultado final da sua obra.

De fato, ainda na minha fase de roteirista, trabalhei com um colega escritor do RJ, o talentoso Marcelo Machado. Juntos, conseguimos um agente para nos representar em Hollywood e tivemos algumas obras consideradas para produção no mercado americano.

Contudo, como não podia me mudar para os EUA na época, devido a problemas de saúde na família, decidi permanecer no Brasil. Por questões locais, meu colega Marcelo Machado também não se mudou e mantivemos nossas atividades literárias pela elaboração de contos em língua inglesa publicados nos EUA, Reino Unido e Espanha. Nessa época, um dos nossos contos, Eternal Grief, foi indicado a melhor conto de horror nos Estados Unidos, em 2003, pelo Preditors & Editors Readers Poll.


3.  Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
M.H.: J. R. R. Tolkien e Isaac Asimov são meus autores favoritos e eternas inspirações pela sua qualidade e ousadia literária.

4. Os personagens foram inspirados em pessoas ou outros personagens que você conhece? Você tem algum personagem favorito, um queridinho?
M.H.: Eu não me inspirei diretamente em ninguém que conheço, mas busquei conhecer bastante sobre a lenda da Távola Redonda e seus personagens. Meu favorito é mesmo o personagem título: Merlin.

5.  Quanto tempo levou para escrever seu livro e como foi a experiência? 
M.H.: Levei mais tempo pesquisando do que dedicado propriamente a escrevê-lo. Esta atividade levou cerca de um ano.
Creio que a experiência repetiu a dos meus livros anteriores: em alguns momentos, penosa, mas sempre divertida. Tenho por regra escrever um livro que gostaria de ler. Então, só tinha como apreciar a experiência.

6.  Quais são as dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no mercado literário brasileiro? 
M.H.: Acho que o fato do mercado brasileiro ser pequeno em comparação às dimensões do país, inclusive econômicas e educacionais, dificulta a entrada de novos autores e a permanência daqueles que já publicaram. Em outras palavras, como se lê ainda muito pouco no Brasil, o mercado acaba sendo restritivo.

7. Para você, qual a melhor coisa em escrever?
M.H.: Sem dúvida nenhuma, criar personagens únicos, imbuídos com sua marca autoral, e desenvolver universos fantásticos que nos fazem viajar para bem longe da nossa rotina diária.

8. O mago de Camelot se passa na Idade das Trevas; você sempre gostou de histórias que também aconteciam nesse tempo?
M.H.: Eu adoro eras passadas e mundo antigos, então, sim, a Idade das Trevas é um dos meus períodos favoritos.

9.  Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
M.H.: O Caso da Borboleta Atíria, de Lúcia Machado de Almeida. Porque apresenta a mesma qualidade literária de uma obra seminal como O Hobbit, de J. R. R. Tolkien.
O Caso da Borboleta Atíria é um clássico da fantasia infanto-juvenil

10.  Poderia nos contar um pouco do seu livro?
M.H.: Merlin – O Mago narra a extraordinária vida de Merlin, de seu início modesto ao seu dramático fim, mostrando sua evolução como druida, monge e, por fim, mago, numa escala épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia.
Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada, após a queda do Império Romano, à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade.

11. Você tem algum recado para os leitores?
M.H.: Convido todos a conhecerem meu novo romance de aventura “O Mago de Camelot: a saga de Merlin para coroar um dragão”. 

A degustação gratuita dos primeiros capítulos do livro está disponível em: http://pt.scribd.com/doc/163083604/O-Mago-de-Camelot

MilkMilks
Dryh Meira 

11 comentários

  1. Oi, Dryh!
    Muito interessante o post!
    Não conhecia o autor e tampouco sua obra. Você vai resenhar esse livro? Vou ficar no aguardo!
    Nunca li nada sobre Rei Arthur, gostaria de saber mais. =)
    Beijos,

    Priscilla
    http://infinitasvidas.wordpress.com

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    Respostas
    1. já resenhei o livro, Priscila ^^ o link está junto com as redes sociais do autor :)

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  2. Ai que legal! Amei a coluna, menina! Muito boa!
    Então, eu conhecia esse livro em específico do Marcelo por conta de resenhas em outros blogs, mas adorei conhecer um pouco mais dele! O cara gosta de Tolkien, e para mim isso quer dizer muito sobre alguém. Eu sou tipo - vidrada - em Tolkien!
    Amei suas perguntas e amei também as respostas dele!!!

    bjus
    terradecarol.blogspot.com

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  3. Olááá!
    aaai faz tempo que estou LOUCA para ler esse livro!
    já vi diversas resenhas por ai e cada vez acho que a escrita de Marcelo... vai ma encantar!
    adorei as respostas dele... conhecer um pouco mais sobre como o trabalho dele começou e como começou a escrever! Adorei saber que ele FEZ UMA PESQUISA DE UM ANO!
    li esses tempos um livro pavoroso que misturou 300 tipos de mitologias, colocou as idades completamente erradas historicamente falando... se quer fazer algo de época... estude. Marcelo já ganhou uma fã pelo comprometimento!
    já li taaantos livros sobre os contos, lendas, mitos, fatos, de merlin, athur e seus cavaleiros! Eu simplesmente amo esse assunto! Desde que li pela primeira vez 'As brumas de Avalon' esse assunto me empolga absurdamente!

    adorei seu post! MESMO!!!

    Um beeijo Lara.
    Blog Meus Mundos no Mundo | | Página Coração Furta-Cor

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    Respostas
    1. bem legal né? Ás vezes quando estou lendo algum livro, fico imaginando o autor pesquisando e fazendo anotações...haha'

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  4. Oie,
    já conhecia o autor pelo face.
    Achei bacana ele pesquisar bastante, mas infelizmente o livro dele não faz tanto o meu estilo de leitura.

    bjos

    http://blog.vanessasueroz.com.br

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  5. Muito legal conhecer um autor novo!
    Importantíssimo incentivarmos os nacionais!
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  6. Já tinha ouvido falar do livro porém não conhecia o autor.
    Ele parece ser bem simpático né?

    www.booksever.blogspot.com

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  7. Oie :)
    Adorei a entrevista!!!!
    Estou louca para ler o livro do autor *-*

    Beijos
    http://cupcakedeletras.blogspot.com/

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