O guardião

 Titulo: O guardião

Autor: Daniel Polansky

Editora: Geração

Edição: 1

Páginas: 448

Lançamento: 2012

Sinopse: Hoje, quando você sair à procura de Yancey, o Rimador, e tiver de abrir caminho em meio às prostitutas, aos valentões e aos viciados loucos por mais um dia de cheirada ou um trago, você irá se deparar com o corpo de uma criança. O cadáver exala um odor que não é dele, um cheiro que recende a magia e a um lugar, se Sakra quiser, para o qual você jamais irá querer voltar. Não fique tempo demais de bobeira perto do corpo; os gélidos vão querer saber o que você fez e o que há na sua bolsa. E quando eles te pegarem, é para a Casa Negra que você irá, onde o Comandante fará uma oferta que você não terá como recusar. Bem-vindo a um mundo como nenhum outro, com uma linguagem estranha e rica e uma violência tão sombria quanto o mais negro dos noites.

Resenha

Nosso protagonista é O guardião, um homem que um dia já fora detetive da Corte real, mas que agora não passa de mais um traficante viciado em Pó de Fada rondando as ruas destruídas e imundas da cidade. Ele já tem mais de trinta anos, mas é tão ágil quanto sempre fora, tão esperto quanto poderia ser, e tão desfigurado quanto seus inimigos o deixaram. É um homem solitário com muitos conhecidos e muitos inimigos, mas com poucos amigos.

Foi uma caminhada conturbada de volta ao Conde e eu teria sido alvo fácil de qualquer ladrão que quisesse me pegar, mas isso se houvesse algum por perto. Não havia. Eu estava sozinho. – página 65

O nome do personagem principal não é mencionado, mas ao longo dos capítulos, vamos conhecendo sua história de menino de rua, a tragédia da Peste que atingiu e matou centenas de pessoas, e como ele conheceu seus amigos e inimigos. Eu gostei dessa parte, mas o problema é que nada difere os capítulos do passado dos capítulos do presente, de forma que eu me confundi um pouco.

O homem vive num mundo onde há magia, feiticeiros e seres desconhecidos que vagam pela cidade escura. Nosso protagonista encontra o primeiro corpo da primeira criança desaparecida, e é aí que as coisas começam a acontecer pra valer. Ele passa a investigar os assassinatos para salvar a própria vida, e para dar uma chance ás tantas outras crianças que correm perigo de serem as próximas, mas não será tão fácil encontrar alguém que não deixa rastros. 

O Rimador teria que esperar. Diante de mim estava o corpo de uma criança, terrivelmente contorcido e enrolado em um pano empapado de sangue. Parece que eu tinha encontrado a pequena Tara. – página 16

Não sou muito fã de livros de suspense e mistério, mas quando a editora apresentou o lançamento, achei interessante e que valia a pena. O livro me decepcionou um pouco, e pelo o que eu vi no skoob, eu não fui a única a pensar que Daniel Polansky nos daria bem mais. O livro é cansativo demais, e demorei bem mais do que o esperado para finalizá-lo, encontrei alguns erros também, mas tirando isso, a diagramação é perfeita! Não consegui gostar do personagem principal, mas confesso que ele é um herói bem diferente de todos os que eu já conheci. Não sabia o que esperar do final, mas fiquei surpresa quando virei a ultima página e quis mais.

O livro não mexeu comigo, coisa que eu pensei que aconteceria. A história chega a ser bem realista, principalmente pelo personagem principal não ser o príncipe encantado lindo e adorado que nós estamos acostumados. Os crimes e mistérios também parecem bem reais, coisas que vemos todos os dias nos noticiários e jornais: assassinatos, seqüestros e estupros.

Enfim, é um livro bom, mas não me conquistou completamente, mas estou doida para ler a continuação, e realmente espero que seja beem melhor que o primeiro livro.

Quando eu achar o filho da puta que fez aquilo com a menina, farei com que o que aconteceu com Lábio Leporino se pareça com a caricia de um novo amor. Por tudo o que é sagrado, ele terá uma morte lenta. – página 75 

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Dryh Meira