Doce Sonho Alado + Entrevista

Oie novamente, pessoas ^^

Como prometido, trouxe a resenha do livro Doce Sonho Alado e a entrevista com a autora, Sheila Lima.

Espero que vocês gostem :)

1. Como foi seu primeiro contato com a leitura? 

Primeiramente, gostaria de agradecer por esse espaço concedido a mim! Bom, meu primeiro contato mesmo foi com gibis da “Turma da Mônica”, eu era fascinada por eles e cheguei a colecionar mais de cem, comprando em sebos, bancas e até pegando os que as pessoas descartavam. Uma das coisas que mais me irritava era ver que as pessoas costumavam estragar os gibis, cortando alguns dos desenhos deles.. hehehe. Nesse começo da minha infância, também gostava de ler os textos de todos os livros de Língua Portuguesa que pegava, até os da minha irmã mais velha, me divertia demais com eles... é, eu sei, não sou um ser muito comum... hehe.


2. Na infância, qual era sua relação com os livros?
Com o tempo eu migrei dos gibis para os livros, claro. Infelizmente, não lembro qual foi o primeiro que eu li, mas o que mais me marcou foi “Corda Bamba”, da Lygia Bojunga Nunes, que foi o que me despertou a vontade de ser escritora. Amo os livros da Lygia, até hoje quero completar a coleção dos livros dela. Não consegui ler milhares de livros quando era criança apenas por falta de dinheiro mesmo, mas os amava de verdade, era uma das minhas diversões favoritas.
3. Quando você começou a escrever? 
Quando era criança, me arriscava a escrever contos e poemas (mesmo quando não estava na escola). Ainda tentei fazer um livro naquela época, mas foi um plágio completo. Comecei a escrever “que nem gente grande” apenas em 2011/2012, que foi quando comecei a esboçar o Doce Sonho Alado; antes eu apenas treinava, sem nunca chegar ao fim das tramas. Ah, eu não consigo mais escrever poemas hoje em dia, acabei deixando de lado.


4. Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
Costumo usar como inspiração acontecimentos da minha vida, conversas que tive, as coisas nas quais acredito, histórias que leio ou assisto (sem plagiar, claro!) e até mesmo alguns sonhos, que já me inspiraram algumas passagens. Na verdade, procuro não me basear em um autor em si, tento fazer o máximo para desenvolver uma escrita que seja mais “a minha cara”.


6. Quanto tempo levou para escrever seu livro e como foi a experiência? 
O Doce Sonho Alado demorou pouco mais de um ano. Para falar a verdade, boa parte dele veio de pedaços de histórias antigas que não deram certo — devidamente lapidados, é claro. No começo foi um pouco mais complicado fazer com que a escrita fluísse, pois ainda não tinha estruturado a saga completa, depois que esquematizei todos os livros é que consegui escrever com mais ânimo. Cheguei a pensar, em certo momento, que jamais conseguiria concluir o livro (como nunca tinha encerrado uma obra, era inevitável pensar o pior), então o dia 26/12/2012 acabou sendo um dos mais felizes da minha vida de escritora, que foi quando terminei o último parágrafo do DSA. O título “Doce Sonho Alado” não é apenas o nome do livro, ele se refere àquele nosso sonho que parece mais difícil de realizar, que parece mais inconstante, uma coisa que só quem o ler vai entender. O próprio livro foi o meu “Sonho Alado”, e mesmo que eu escreva mil outros, não haverá nenhum como esse, foi uma experiência eterna.


7. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ser publicado e conhecido no mercado literário brasileiro? 
Muitas pessoas citam como principal dificuldade a falta de apoio das editoras, mas eu creio que a publicação independente já está se tornando uma alternativa viável para todos os escritores — ou, pelo menos, um bom “primeiro passo”. A pior dificuldade mesmo é o preconceito real que os brasileiros alimentam pela leitura e pelos livros nacionais. Muitos não se dão ao trabalho de ler, e os que leem preferem o que é “modinha” (independente da nacionalidade do escritor, é a “modinha” mesmo que rege as escolhas). Muitas vezes se torna preciso ser um pouco “inconveniente” e arriscar bastante, outras vezes é preciso lidar com as falsas promessas. Infelizmente, esse é um tipo de arte que exige esperar bastante, e o pior é que muitas pessoas postergam tanto o momento de comprar seu livro que acabam perdendo o interesse. Outra coisa que irrita bastante é que criou-se na mente dos brasileiros a ideia de que livro nacional precisa ser dado de graça, e não é bem assim; escrever exige grande esforço, dedicação e persistência, distribuir seu livro de graça pode ser considerado quase que uma forma de escravidão. Por isso, deixo um apelo para todos que possam estar lendo essa entrevista: se você se interessou por uma obra nacional, compre-a. Seu pequeno gesto vai fazer toda a diferença, pode crer!


8. Como você vê a literatura brasileira atualmente? Quais são suas expectativas quanto à ela?
Como a vejo? Com os olhos! Kkkkkk... brincadeira, ultimamente vários talentos têm surgido, e cada vez mais encontramos escritores competentes e criativos; é uma pena que ainda não deem valor às suas obras do jeito que deveria ser dado. Felizmente, a blogosfera em geral ajuda e muito a mudar essa situação (um dos objetivos do meu blog também é o de divulgar novos autores) e as formas digitais de publicação também tem contribuído bastante para a nossa divulgação. Digamos que estamos em uma fase de transição: por um lado, a demanda de profissionais da escrita tem aumentado visivelmente, do outro, os leitores estão começando lentamente a descobrir as obras nacionais (muuuuito lentamente mesmo). Espero que nos próximos anos as pessoas possam começar a perceber o poder que nossa literatura pode adquirir com um pouquinho mais de apoio e, claro, que os preconceitos dos brasileiros comecem a ruir.


9. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
Nossa, é difícil demais mesmo! Tenho muitos livros em meu coração, como “Corda Bamba”, “A Arte de Construir Cidadãos: as 15 lições da Pedagogia do Amor”, “Da ilusão à verdade – O Livro da Vida”, “Heidi”, a saga “Harry Potter”, a saga “As Crônicas de Nárnia”, a saga “Percy Jackson”... Porém, como agora estou num momento completamente Whovian, vou escolher “Doctor Who: Shada”, escrito por Gareth Roberts e idealizado por Douglas Adams em forma de roteiro. E em questão de leitura nacional, nunca haverá nenhum mais amado por mim do que “A Casa da Madrinha” da Lygia Bojunga (sou apaixonada pelo Pavão... hehehe).


10. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
Eu ia dizer: “Doce Sonho Alado”, mas acho que essa não é a resposta que você quer... hehehe. Bom, se é para recomendar só um, recomendo o livro da Marilda de Assis, “Vida Longa aos Heróis!” Primeiro porque gostei da história e me apaixonei por alguns personagens, depois porque pelo pouco que conheci da Marilda (através da entrevista que fiz com ela e dos e-mails que trocamos) percebi que ela merece muito todo o reconhecimento possível. Não deixem de incluí-lo também em suas listas de leitura!


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Titulo: Doce Sonho Alado
Autora: Sheila Lima Wing
Editora: Clube de Autores
Páginas: 249
Edição: E-book
Sinopse: Um crime abala a cidade de Coronel Boaventura: um corpo é encontrado na Biblioteca Municipal (que, aliás, estava trancada pelo lado de dentro), vestido com roupas elegantes e segurando um livro chamado "O Mistério do Caso Boaventura". Espalha-se pela redondeza o boato de que o livro possa estar amaldiçoado pelo fantasma do fundador da cidade. Enquanto isso, Evangeline Maria Ayler – uma garota de onze anos – e sua amiga Hanna Auster passam a estudar num semi-internato particular, o Instituto Educacional A. W. Sigma. Ambas são garotas simples, moram numa favela, e precisam se desdobrar para se adaptar à nova vida entre os filhos da elite. Evangeline logo descobre que há um mistério envolvido nesse convite a estudar no Instituto: o diretor Último Wing, seu tio de consideração, possui questões mal resolvidas com a mãe da garota, parece ser o tipo de sujeito no qual não se pode depositar confiança. Durante o ano letivo Evangeline tenta resolver vários mistérios, como o caso da morte na biblioteca, um rosto que lhe espia das sombras, um garoto estranho e seu gato peludo; além de vários outros enigmas e questões comuns que fazem parte dos desafios de ser uma pré-adolescente; tudo isso com muita diversão e aventura.
  
“— Meu nome é Evangeline Ayler. Como minha amiga Hanna já contou,
acabei de entrar como bolsista. Não sei ainda como vim parar aqui; se alguém
descobrir antes de mim, por favor, me conte.”

O Instituto é a melhor escola da região, e Evangeline conseguiu uma bolsa de estudos lá, mesmo que na verdade não saiba o por que de estar estudando num lugar cheio de pessoas ricas e metidas.
A relação da protagonista com a irmã mais velha é dura, as duas não se dão bem e Genevieve vive implicando com a mais nova, que retruca. As duas são bem diferentes, e essa diferença me fez duvidar várias vezes se eram realmente irmãs de verdade. Já com sua mãe as coisas são diferentes; elas parecem se dar bem uma com a outra.

O suspense e tensão começam quando é encontrado um corpo na biblioteca, um homem que estava com o livro “O mistério do caso Boaventura”, e as coisas só ficam ainda mais misteriosas quando se descobre que ele não é a única pessoa que morreu em posse desse livro. O delegado da cidade tem um longo trabalho pela frente, mas esse trabalho ficaria bem mais fácil com a ajuda de Evie e suas amigas, que decidem investigar o caso.

Não sou fã de livros de suspense e de assassinatos, o gênero em si não me deixa curiosa e sempre acabo empacando nas histórias, de forma que tento evitar ao máximo livros assim, mas Doce Sonho Alado realmente me deixou curiosa. Demorei um pouquinho para começar o livro, já estava um pouco atrasada com resenhas...
A história de inicio se mostrou um pouco cansativa, e eu parava de ler de tempos em tempos. Gostei das personagens, elas são inteligentes e muito espertas, ás vezes eu acabava esquecendo que ainda eram crianças.

O mistério dos corpos é intrigante, e a autora trabalhou muuito bem essa parte, mas não conseguia me sintonizar com o livro. Investigação realmente não é a minha praia *-*

Desde o inicio, a autora nos deixa claro que a mãe de Evangeline não é a maior fã do diretor do Instituto, Ultimo Wing, então não fiquei muito surpresa quando a autora revelou o segredo que ele tentava esconder, por mais que tenha ficado um pouco impressionada.
Dizer que o final me deixou com raiva é pouco. Isso lá é forma de terminar um livro? Não é nada legal deixar os leitores ansiosos e curiosos! A autora deu um jeitinho de finalizar o livro bem na hora do “tchãn”, e bom, fiquei um pouco irritada por não saber o que acontece a seguir...rsrs’ mas quero ler o próximo livro para descobrir.
 MilkMilks
Dryh Meira 

4 comentários

  1. Aaaah, eu também comecei com a turma da mônica! hahahaha
    Já vi bastante gente falando sobre esse livro, mas não tenho muita vontade de ler.

    Beijo :*
    www.tainahrodrigues.com
    fantasiandocomoslivros.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. haha' eu devo ter começado por eles também, não me lembro exatamente *-*

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  2. Oi, Dryh!

    Muito obrigada mesmo por esse espaço especial no MilkShake! Nossa, estou muito feliz com sua postagem! Ainda vou te mandar um e-mail falando sobre tudo mais detalhadamente, mas desde já saiba que você fez uma escritora mais feliz!

    Muito sucesso para o MilkShake!!!

    Beijinhos Alados ♥

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