Continuando a maratona do feriado do dia 15/11 (cujos livros eu manterei em segredo até que ela acabe, na segunda-feira...hehe'), trago hoje a resenha do livro Proteja-me, das autoras Josy Stoque e Mila Wander. Foi meu primeiro contato com a escrita da Mila, mas eu já tinha lido outros livros da Josy antes que, inclusive, foram resenhados aqui no blog.
Bora conhecer Celina e Drian?
Autoras: Josy Stoque e Mila Wander
Páginas: 542
Edição: 1 (e-book)
Lançamento: 2017
Sinopse: Celina buscava um casamento estável com um dominador e tem orgulho de ter esperado o homem certo aparecer. Pouco importa que só aconteceu aos seus 40 anos, que Ramon seja viúvo e tenha dois filhos do primeiro casamento. Ela ainda é bonita, cuida do corpo e da pele, tudo para laçar de vez um marido rico, charmoso, gostoso e que cuide dela. Ainda na lua de mel, Celina descobre que o relacionamento com um político influente pode destruir o romantismo que sempre sonhou vivenciar. Para piorar a situação, seus enteados Drian e Lya não aceitam que ela tome o lugar da falecida mãe, criando um clima desconfortável em seu novo lar logo no primeiro dia. Se sentindo sozinha e uma estranha na mansão dos Moura Lenox, a submissa se entrega de corpo e alma na função de esposa perfeita. Porém, a ausência constante do poderoso marido a aproxima de Drian, o primogênito sério e disposto a seguir os passos do pai na carreira pública. Ambos só querem agradar Ramon, mas a companhia um do outro se mostra cada dia mais indispensável, o que pode significar tanto a felicidade, quanto a completa ruína da família.
Resenha
“Não havia espaço em mim para o ódio quando eu queria apenas o amor.”
Durante anos, Celina
viveu uma vida miserável onde mal tinha o que comer, vá dizer um bom lugar
seguro para dormir. Mas agora que se casou com o riquíssimo deputado Ramon Moura Lenox, ela tem esperanças
de que viverá a vida que sempre sonhara: como uma rainha, ao lado do homem que
amava e que a amava da mesma maneira. Só que o romantismo com o qual ela tanto
sonhara foi se dissolvendo aos poucos, à medida em que o tempo foi passando.
Quando Celina
e Ramon voltam da lua de mel (que não
durou praticamente nada, graças aos compromissos dele), ela percebe que vai ser
difícil conviver com os filhos do marido, que parecem odiá-la. Drian e Lya não medem esforços para deixar claro o quanto desgostam da nova
madrasta, mas para Celina aquilo não
importava. O importante era que ela estava casada com o homem que amava. Mas
por que eles dormiam em quartos separados, e por que ela não podia demonstrar
afeto por ele quando não estavam juntos?
Confesso que, quando comecei a ler Proteja-me, eu não tinha lido a sinopse.
Na verdade, eu tentei escolher entre os vários livros que tinha da Josy Stoque no tablet, e acabei me decidindo por este por causa da capa...hehe’
Mas aí eu comecei a ler e acabei não me envolvendo muito com a história, pois
já no início fica claro que o relacionamento entre Celina e Ramon é um
pouco, digamos, apimentado... E isso me assustou um cadinho. Meses depois, ao
perceber que eu estava (vergonhosamente) negligenciando a parceria, decidi
voltar a lê-lo, e não é que gostei?
“Eu me senti tão bem com aquele gesto que todo o pavor finalmente foi embora. Livrei-me da dor, do desespero, da agonia. Só restava meu marido e eu, duas pessoas que se amavam. Eu não podia estragar aquele amor com meus atos e pensamentos perversos. Cabia a mim nunca mais levar problemas ao nosso casamento.”
No início eu não entendia os motivos de Celina aceitar tal tratamento da parte
de seu marido (ele a tratava como se ela fosse um mero objeto disposto ali para
servi-lo), e muito menos como podia repetir, muitas vezes, que ele era um homem
justo que só queria cuidar dela. Eu cheguei a querer estapeá-la para ver se ela
percebia a borrada que estava cometendo, e visse que não merecia ser tratada
como lixo. Ninguém merece. E sentia mais raiva ainda quando um certo alguém tentava
ajuda-la, mas ela não sentia que precisava de ajuda. Mas, ao longo da história,
as autoras mostram uma face de Celina
que até então o leitor não tinha conhecido: a criança sofrida que ela foi. Só então
eu pude entende-la, sentir compaixão pela personagem e gostar dela. E torcer
MUITO para que ela visse o quão valiosa era, como ser humano e mulher, e que
merecia muito mais do que recebia do marido.
“A sensação que eu tinha era de que cada integrante daquela família morava em seu próprio quarto, e o restante da casa era um lugar público onde a intimidade não se aproximava, um lugar baseado na educação extrema e na aceitação das regras.”
Já Drian...
Bom, acho que nem eu e nem qualquer outra leitora poderia ter alguma coisa
contra ele...haha’ Que menino apaixonante! Diferente de Lya, que é extremamente chata (já vou chegar nela), Drian percebe que a madrasta não está
tentando roubar o lugar de sua mãe, e até se compadece ao ver quão iludida ela
é. Como pode achar que o tratamento de Ramon
é correto? E como pode aceitar tão pouco, quando pode muito mais? Quando ele
decide que vai mostrar a Celina como
uma mulher deveria ser tratada por um homem, eu decidi que ele era o meu
personagem favorito do livro. Só senti raiva de Drian algumas vezes, quando ele deixava a si mesmo de lado pelos
outros. Mas me identifiquei nisso também...haha’
Sobre Lya....
Bem, ela perdeu a mãe bem cedo, e logo o pai praticamente desapareceu. Ramon era frio, calculista, manipulador,
machista e misógino, de maneira que Lya era apenas um passe para uma aliança
futura com outra pessoa influente. Dessa forma, ela foi criada por Drian, mas ele, tentando compensar o
amor que o pai não dava à menina, a mimou demais. De maneira que Lya era manipuladora, mimada, chata,
irritante e birrenta. Só fui gostar dela (e bem pouquinho) lá pelo final do
livro. Mas tá valendo, né?
“Meu pai estava, literalmente, minando o talento de Celina, apagando seu brilho natural e fazendo-a crer que não podia ter ou ser o que quisesse. Como alguém que dizia amar o outro era capaz de uma atrocidade daquele tamanho?”
A leitura de Proteja-me
foi um pouco arrastada para mim em alguns pontos, contudo, ainda assim foi um
livro que eu terminei bem rápido, por estar tão entretida e envolvida na
história. Praticamente devorei o livro, e quanto mais perto do final eu
chegava, mais tensa me sentia. O que será que iria acontecer? Eu torcia para um
final feliz, mas quando percebi que não seria 100% “e viveram felizes para sempre”, comecei a entrar em pânico.
Ainda assim, as autoras me surpreenderam. Que jogada, hein? Fiquei sorrindo
enquanto lia, só conto isso.
Diferente do que alguns podem pensar, Proteja-me não é um livro erótico
qualquer, onde a mulher só quer agradar o homem e só então se autodescobre. O
caminho que Celina percorre é mais difícil
e maior do que só isso, e envolve um pouco de loucura e tentativas de
assassinato também, o que só deixa o leitor mais tenso. É claro que há toda uma
crítica por trás da história, seja ela sobre violência física/emocional a
mulher, estupro, pedofilia e até mesmo o desejo por sempre ter mais e mais
dinheiro, por valorizar o físico e deixar de lado a família, o amor e a compaixão
pelo próximo. Por tudo isso, Proteja-me
é um livro que não vai sair da minha cabeça tão cedo, por mais que não tenha
sido favoritado ou ganhado nota máxima. É uma história que vale a pena
conhecer.
Oi, lindona, muito feliz por você ter dado outra chance ao livro. Realmente, Proteja-me é um livro para chocar e refletir, e não para apenas entreter. Entendo sua relutância. Em muitos momentos foi muito difícil para nós escrever também. História sofrida, mas com uma imensa mensagem para cada mulher que entrar em contato com ela. Que você nunca se esqueça do seu valor. Beijos
ResponderExcluirOi, Dryh! Curti a temática do livro e toda a importância que ele tem sobre a valorização da mulher e todo o choque de mostrar as dificuldades que a protagonista teve ao longo da vida. Acho que por isso vale a leitura, mas a questão do relacionamento dela com o enteado não me desceu, por ter a sensação de já ter lido sobre isso algumas vezes. Talvez eu dê uma chance ao livro por causa de toda essa mensagem que ele passa, aí quem sabe eu acabe gostando de qualquer forma e nem ligue para a questão madrasta e enteado.
ResponderExcluirBjos!
Lucy - Por essas páginas
Oie!
ResponderExcluirEu ainda não li nada da autora, fiquei bem curiosa para conferir o livro. Gostei do que apontou da história, sei que vou ficar bem envolvida com essa trama.
E essa capa está muito linda!
Conheço a narrativa da Mila Wander, e da Josy será uma novidade par amim.
Bjks!
Histórias sem Fim
Li um livro da Mila e o enredo não me agradou muito, mas gostei do jeito que ela inseriu a sensualidade no enredo. Já da Josy eu não li nada e acho que este aqui seria um bom começo em função dos seus elogios.
ResponderExcluirMEU AMOR PELOS LIVROS
Beijos
Fiquei curiosa para descobrir o que te fez ficar sorrindo no desfecho do livro. Parece ser uma leitura intensa e eu gosto disso.
ResponderExcluirNão conhecia as autoras, mas deixo a dica anotada.
Beijos.
https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/
Como você eu curti a capa, apesar de que o homem ali parece ter recebido muita farinha na cara. risos. Mas não curto esta coisa de comportamento abusivo, mas entendi que a personagem gostava disto e entendo, pois cada um sabe como gosta de ser tratado.
ResponderExcluirOlá, tudo bom?
ResponderExcluirNão conhecia a obra e a autora! Acredito que por enquanto eu deixo a dica passar, tanto por ter lido que a leitura é um pouco arrastada e também devido ao fato de não ter me identificado muito com a capa - sei que não posso me deixar influenciar pelos olhos, mas por enquanto não consigo evitar hehehehehe
Mas fico feliz que apesar dos pesares,o livro tenha te surpreendido.
Abraços!
Oi.
ResponderExcluirAssim que olhei, achei que seria mais um romance-erotico-chato-clichê, mas me pareceu ser bem mais que isso. Principalmente porque existem essas outras nuances do relacionamento e por questões da tentativa assaassinato, confesso ter achado interessante. Anotei a dica, parabéns pela resenha :)
beijos!
Oie, tudo bom?
ResponderExcluirEsse livro tá com uma carinha de clichê, haha. Mas é só a capa mesmo, porque pela resenha parece que é uma história bem escrita, com vários altos e baixos nesse romance meio estranho aí, rs. Achei interessante mas não sei se leria agora.
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirPelo jeito, você teve várias fases com esse livro, né? O bom é sabe que não desisti e continuou a leitura mesmo com receio. No fim, acabou gostando. Eu não me senti atraído pela história, talvez seja por causa do gênero que não me agrada. Apesar disso, adorei conhecer um pouco mais do livro em sua resenha. Adoro conhecer novas histórias e novos autores. Gostei da sua resenha.
Abraço 😀
Oie! Não conhecia a obra e nunca li nada das autoras, então sua resenha foi o primeiro contato com a escrita delas, mas não consegui sentir interesse para ler a obra completa :( Mas gostei de saber que a segunda chance que você deu para a leitura valeu a pena. Realmente, parece ser uma leitura bem tensa e até eletrizante, com essas tentativas de assassinato. A resenha ficou incrível, talvez um dia eu também dê uma chance para o livro e goste também!
ResponderExcluirBeijos, beijos.