Autor: Neil Peart
Editora: Belas Letras
Páginas: 528
Edição: 1
Lançamento: 2014
Sinopse: Após a morte da única filha, Selena, e da esposa, Jackie, o músico Neil Peart se transformou em um fantasma – um homem sem motivação, esperança ou fé. Sozinho em casa, convivendo com as lembranças, ele decide pegar a estrada com sua moto, uma BMW R1100GS, para rodar por 90 mil quilômetros, sem destino, em busca de um motivo para preencher o vazio que sente. Esta é a história real de um homem que partiu carregando a morte e o luto, mas transformou sua jornada em uma poderosa narrativa sobre a solidão, o amor e, acima de tudo, a paixão pela vida, mesmo quando tudo ao nosso redor nos leva a desistir dela.
“Embora nós vivamos em tempos de
provação-
Somos aqueles que devem tentar
Embora saibamos que o tempo tem
asas-
Somos nós que devemos voar” –
Everyday Glory
Esse é um relato de viagem que
realmente aconteceu com o autor, Neil Peart, um baterista de uma banda
canadense que perdeu a filha e a esposa, e decidiu viajar para encontrar a si
mesmo. Indo do Canadá até o Alasca, o autor conta detalhadamente cada passo seu
e o que ele estava pensando, e já no inicio, deixa bem claro que está perdido
emocionalmente.
“Nos últimos tempos, eu tinha escrito para um dos meus amigos: não sei quem sou, o que estou fazendo, ou o que devo fazer. Eu só podia esperar que o tempo me dissesse.” – página 26
O livro tem pouquíssimos
diálogos, talvez de cinco a dez em cada capitulo, e confesso que senti falta de
conversas. Ler um livro pelo ponto de vista do autor é maravilhoso, mas ás
vezes alguns diálogos fazem muita falta.
Neil não é daquelas pessoas
confusas que mal sabem o que querem, ele tem um objetivo, e mesmo estando
despedaçado e solitário, ele vai cumprir seu desafio junto com sua BMW, que
agüentou tanta coisa que eu fiquei impressionada por ela continuar inteira.
Apesar de estar longe de casa,
Neil não fica longe dos amigos. Ele escreve cartas e mais cartas contando suas
aventuras para algumas pessoas e os sentimentos que estão tomando conta de si
naquele instante.
Quando peguei o livro, fiquei
imaginando como seria a história. No inicio imaginei que fosse algo fictício,
mas depois li a sinopse e percebi que se tratava de uma história real;
normalmente histórias assim tendem a ser mais tocantes, principalmente quando
se tratam de alguma perda, como foi o caso de Neil e as duas mulheres de sua
vida (Selena e Jackie), mas não cheguei a ficar tocada por ela em momento
algum, mas a forma que Neil coloca seus sentimentos e pensamentos é bem
encantadora.
“Sem saber, eu havia identificado uma parte sutil, mas importante, do processo de cura. Não haveria paz para mim, nem vida para mim, até que eu aprendesse a perdoar a vida pelo que ela havia feito comigo, perdoar os outros por ainda estarem vivos e, finalmente, perdoar a mim mesmo por estar vivo.” – página 55
O livro é grande, e a história
muito cansativa. Levei dias e mais dias para finalizá-lo, e quando o fiz, senti
um alivio tão grande por não tê-lo deixado de lado, que já fui ler outro livro.
É horrível desejar que um livro acabe só para ler outro, isso acontece
raramente comigo, e somente com livros que realmente não são muito legais.
Desde a página cem, mais ou menos, já sabia que A estrada da cura seria um
livro cansativo e cheio de detalhes exagerados, mas ainda tinha aquela
esperançazinha de que ele daria um “tchãn” e ficaria mais legal.
“-Sabe, eu pensava: A vida é ótima, mas as pessoas são um saco. Mas agora eu tive que admitir que é o oposto: A vida é um saco, mas as pessoas são ótimas” – página 49
Não sabia o que esperar do final
do livro. Toda vez que Neil subia uma montanha ou algo parecido, ficava
pensando que ele iria pular e se suicidar, mas se ele tivesse feito isso, como
escreveria o livro? Não tinha sentido algum, então tentei não especular e ver
logo o que viria a seguir.
O final me surpreendeu, foi uma
coisa inesperada e a única coisa que me deixou surpresa, fiquei feliz ao
perceber isso.
“Uau, é isso aí! Eu sou o Ghost Rider. Os fantasmas que carregava comigo, o modo como o mundo e as vidas das outras pessoas pareciam irreais e diáfanas e como eu mesmo me sentia alienado, desintegrado e desligado da vida ao meu redor. É isso ai, pensei, sou bem eu mesmo. Eu sou o Ghost Rider.” – página 129
MilkMilks
Dryh Meira
A temática do livro parece-me bastante interessante. Fiquei curiosa para saber um pouco mais dos sentimentos que atormentavam esse pai.
ResponderExcluirBeijos,
Blog | Youtube
O principal sentimento é o de perda né, mas ele é um homem bem confuso, e como você disse, atormentado :/
ExcluirGostei, nunca tinha conhecido um livro assim.
ResponderExcluirAmo esse estilo ♥
Adorei a resenha, xoxo
sorrisoselivros.com
Obrigada Débora ^^
ExcluirAdoro histórias reais! Estou com o livro aqui e louca para ler. *-*
ResponderExcluirhttp://apenas-um-vicio.blogspot.com.br/
Eu também gosto bastante, histórias reais tocam mais né?!
ExcluirGostei dos quotes, mas mesmo assim não me chamou muita atenção >_<
ResponderExcluirO livro tem bastante quotes lindos, mas é só isso :/
ExcluirConhecia esse livro , ele e bem falado :3 mas não me conquistou tanto assim haha ;) A capa dele é muito bonita e as sinopses me deixou bem interessado mas também me deixou com um gosto de história sem sentido kkkk ( acho que não é assim né rs ) Mas adoro essas histórias reais , bora ler e ver o que acontece ! Ótima resenha *u* Quotes lindas :)
ResponderExcluirBeeijos !
Um Grande Vício Literário *-*
Não encontrei muita gente falando bem dele *-* no skoob a média é bem baixa :/
ExcluirNão conhecia, mas... nossa! Estou dividida, por um lado quero lê-lo por causa da história em si e por outro lado não estou muito empolgada porque você falou que é cansativo e sem diálogos, o que não me atrai. Mas enfim, beijão!
ResponderExcluircoff-cake.blogspot.com
O livro em si é interessante, mas o autor acaba acrescentando coisas desnecessárias :/
ExcluirNão conhecia o livro, a história parece ser interessante, ainda mais por ser uma história real, mas senti que é um livro bem cansativo pelo formato que é escrito, gostei muito da sua resenha, bem sincera.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho. Beijos :*
Claris - Plasticodelic
Obrigada Claris ^^
ExcluirQue bom que ao menos o final te surpreendeu RSrs
ResponderExcluirBjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/
Pensei a mesma coisa...rsrs'
ExcluirOlá, Dryh!
ResponderExcluirRespondi a tag "4 x 4 em 2014" no meu blog e indiquei você para responder também. Espero que não se incomode e, se possível, responda também.
Beijos,
Blog | Youtube
Obrigada Nina ^^ responderei até semana que vem ^^
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